Fortaleza: Clássico da sobriedade

SEM BEBIDA

A Polícia Civil conseguiu, por meio de portaria, impedir a venda de bebidas alcoólicas dentro e no entorno do Castelão durante o Clássico-Rei deste sábado. A primeira carga de ingressos - 32 mil entradas - já estão à disposição dos torcedores

06/09/2007 02:05
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Está proibida a comercialização de bebidas alcoólicas dentro e no entorno do estádio Castelão para o clássico entre Ceará e Fortaleza, sábado, às 18h10min, pela 24ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. A medida atende a portaria da Superintendência da Polícia Civil no Ceará e visa minimizar a possibilidade de conflito entre as torcidas dos clubes rivais no jogo deste sábado.

A divulgação da proibição aconteceu na tarde de ontem, em reunião envolvendo representantes dos órgãos de segurança, infra-estrutura, torcidas organizadas e dirigentes de Ceará e Fortaleza, na sede da Federação Cearense de Futebol (FCF). "O Estatuto (do Torcedor) diz que o torcedor, além de seus direitos, têm seus deveres. Porém, lamentavelmente, algumas pessoas infiltradas, principalmente nas torcidas organizadas, acabam não entendendo isso", aponta o diretor do Departamento de Polícia Metropolitana, Jocel Dantas.

A proibição da venda de bebidas alcoólicas é um recurso que já foi verificado em outros encontros envolvendo Ceará e Fortaleza. Inicialmente, a medida está condicionada apenas ao Clássico-Rei deste sábado, mas pode ser estendida aos demais jogos de grande porte dos clubes na Capital. "O nosso povo ainda não está conscientizado para acompanhar um jogo entre dois clubes rivais", observa Jocel.

Outros detalhes da infra-estrutura para o clássico foram definidos no encontro de ontem. A Polícia Militar informou que vai disponibilizar efetivo de 1.100 policiais para a segurança no Castelão, imediações, terminais de ônibus e vias de acesso ao estádio. O número é inferior apenas aos 1.200 homens que trabalharam na final do Estadual de 2006, também entre Ceará e Fortaleza. Contudo, aumenta com a participação dos bombeiros (72), guardas municipais (60) e seguranças particulares, em número ainda indefinido.

"O futebol começa para a gente às 8 horas da manhã, com o isolamento da área do Castelão, e só termina às 23 horas", afirma o tenente-coronel Soares, comandante do policiamento no estádio. "Quem quiser assistir ao jogo, vai assistir. Quem não quiser, a gente cuida", emenda. Além dos órgãos de segurança, a infra-estrutura da partida contará com apoio da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC), Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Ministério Público e Juizado da Infância e da Juventude.