terça-feira, 23 de outubro de 2007

Numeração de assentos falha nas arquibancadas de Interlagos

22/10/2007 - 10h27 , LUIS FERRARIda Folha de S.Paulo

http://www1.folha.uol.com.br/folha/esporte/ult92u338561.shtml

Na pista, com o asfalto novo, a organização do GP Brasil conseguiu calar as críticas dos pilotos. Fora dela, tumulto nas arquibancadas e falhas na segurança no entorno do autódromo continuaram, apesar do anúncio da manutenção da prova em São Paulo até 2014.
A inédita numeração de ingressos e assentos não agradou. "Ninguém está respeitando a numeração. Aumentaram o preço em 30% em relação a 2006. Neste ano, a arquibancada está mais cheia, com o público mais concentrado. Além disso, fecharam o acesso a um dos banheiros fixos e só restam banheiros químicos aqui, que estão com cheiro horrível", disse Daniel Daule, 33, no setor A.
Assim como naquela parte do espaço destinado ao público, a numeração não era observada pela torcida no setor G.
Nem pela PM, que usou o lance mais alto da tribuna como corredor de passagem, a despeito da numeração, o que indicava tratar-se de espaço destinado aos espectadores.
Ali, um policial revelou desconhecer a novidade oferecida aos torcedores no GP Brasil ao falar para os espectadores que não havia lugares marcados.
No setor A, a polícia --que não evitou roubos na saída dos torcedores na sexta-feira-- também dava tal orientação. "Quando cheguei, às 7h, os PMs falaram: "Chegou, sentou'", disse Oséas Teodoro, 35, que viajou de Londrina (PR).
Até membros da organização apontaram a novidade não surtiu efeito. O coordenador de uma das catracas, que falou na condição de não ser identificado, disse que não existiu respeito à demarcação dos assentos.Segundo ele, a PM também não atuou para garantir isso.
"Esse sistema de numeração de ingresso, sem o torcedor saber em que ponto da arquibancada ficará, não serve", disse Luciano Porta, 34, de Salvador.
Segundo a organização, "não houve tumulto envolvendo brasileiros" devido à numeração. Ela admitiu que os locais numerados não foram ocupados por portadores dos respectivos ingressos, o que atribui ao comportamento do público. Disse ainda que houve estrangeiros que tentaram fazer valer o direito de ocupar tais postos e acabaram vaiados.

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