terça-feira, 4 de março de 2008

Autoridades definem combate à violência

28/02/2008 - 19h24m

Polícia, Justiça e entidades ligadas ao futebol dão última chance às organizadas
O Popular Goiânia

http://globoesporte.globo.com/ESP/Noticia/Futebol/Campeonatos/0,,MUL331544-10068,00-AUTORIDADES+DEFINEM+COMBATE+A+VIOLENCIA.html

Após os incidentes, brigas e tumultos ocorridos domingo no clássico Vila Nova x Goiás, no Estádio Serra Dourada, representantes de entidades ligadas ao futebol (Federação Goiana de Futebol e administração do Serra Dourada), promotores de Justiça do Ministério Público, autoridades policiais, líderes de torcidas organizadas (Atlético, Goiás e Vila Nova) e diretores do transporte coletivo de Goiânia tiveram ontem a primeira reunião no sentido de buscar meios de coibir a violência de torcedores nas praças esportivas do Estado.

No encontro, que durou mais de duas horas, além das decisões tomadas, das responsabilidades atribuídas aos segmentos presentes e de ações que serão desenvolvidas a partir de agora (veja quadro), o aviso do promotor de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional do Cidadão (CAO), Marcelo Celestino, serve para sintetizar o futuro de torcidas organizadas no Estado. Elas não serão extintas, mas terão de se enquadrar numa série de exigências.

- É a última chance. O Ministério Público tem os meios para fazer valer o desejo da população, que é a segurança pública. Agora, as torcidas terão de mudar de atitude. Não será fácil, mas os seus líderes se comprometeram a ajudar - disse o promotor e coordenador do CAO.

Segundo ele, os setores representados no encontro assumiram a responsabilidade pela segurança nos estádios.
- Espero que possamos tirar exemplos bons para o restante do País. Cabe a cada um cumprir aquilo que foi decidido - completou.

O coronel Cézar Pacheco,comandante do policiamento na capital e que foi à reunião acompanhado do tenente-coronel Amarildo Menezes Guerra, comandante do policiamento nos estádios, esclareceu que a PM não pediu a extinção das organizadas, mas manifestou o desejo de que elas sejam proibidas de estar presentes nos clássicos. Por enquanto, sua proposta não foi acatada e pareceu radical para os outros setores representados no encontro, mas o militar viu avanços nas decisões. Cézar Pacheco diz que o jogo duro da PM contra as organizadas não vai cessar.

- A polícia cobrou uma ação mais eficaz em relação à segurança nos jogos. Pelo menos, as outras partes assumiram compromissos nessa questão. Nosso pedido foi uma ferramenta para cutucar outros segmentos. Já não estamos sozinhos e agora poderemos agir com mais sustentação - analisou o coronel Pacheco.

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