quinta-feira, 28 de junho de 2007

Torcedor "símbolo" do Brasil chega à Venezuela

Quarta-feira 27 de Junho, 2007 8:12 GMT, Por Rodrigo V. Gaier

http://br.today.reuters.com/news/newsArticle.aspx?type=sportsNews&storyID=2007-06-27T231202Z_01_B320236_RTRIDST_0_ESPORTES-FUT-CAMERICA-TORCIDA-POL.XML

PUERTO ORDAZ, Venezuela (Reuters) - Mesmo sem poder apreciar as estrelas Ronaldinho Gaúcho e Kaká e tendo de superar problemas de saúde, Clóvis Fernandes, um dos mais conhecidos torcedores da seleção brasileira, chegou à Venezuela nesta quarta-feira para acompanhar a Copa América.
"Depois que o Cafu deixou a seleção sou a pessoa com mais jogos na seleção brasileira, depois do Galvão Bueno, é claro", afirmou à Reuters Fernandes, conhecido como Gaúcho, que costuma carregar uma réplica da taça da Copa do Mundo.
Dono de uma pizzaria no Rio Grande do Sul, ele segue a seleção no Brasil e no exterior desde 1990. O "currículo" de Gaúcho inclui cinco Copas do Mundo, cinco Copas América, duas Olimpíadas, uma Copa da Confederações e viagens para 40 países.
Como de praxe, a viagem foi programada com antecedência, mas algumas coisas, inevitavelmente, ficaram para última hora.
Algum dinheiro venezuelano, o bolívar, foi conseguido só no aeroporto de São Paulo, onde Gaúcho encontrou equipes de boliche masculina e feminina de dois clubes venezuelanos que participaram do sul-americano da categoria no Rio de Janeiro.
O gaúcho distribuiu algumas das 40 mil fitas com as cores do Brasil e ainda negociou camisas do atacante Ronaldo com os atletas caribenhos, arrecadando cerca de 250 mil bolívares, algo em torno de 100 dólares.
"Ninguém me banca para seguir a seleção. Assim é que tenho força e liberdade. Se vou patrocinado vão querer que eu fale baixo, não vão me deixar fazer bagunça no ônibus e no avião e não vão me deixar xingar o juiz do jogo. Sem patrocínio sou um pássaro", declarou Gaúcho.
Ele conta, porém, com uma ajuda da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que lhe dá os ingressos para assistir aos jogos do Brasil.
Vítima de uma hepatite tipo C, descoberta em 2005, logo após a Copa das Confederações, na Alemanha, o empresário carrega na bagagem um kit com ampolas e vacinas contra a doença.
"O que estou fazendo pela seleção é uma prova de amor, mas também uma prova do amor que tenho pela vida", filosofou Gaúcho, que viajou para a Venezuela com o filho mais velho Frank, deixando no Brasil a mulher Débora e os filhos Gustavo, Marjorie e Karine.
O empresário já trabalha no projeto para ir à África do Sul, para a Copa do Mundo de 2010. Ele pretende fazer uma parceria com uma empresa gaúcha para criar um CTG (Centro de Tradições Gaúchas) itinerante na África do Sul.
"Vamos mostrar a nossa cultura e fazer muito churrasco."

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