domingo, 8 de julho de 2007

Galo e Galoucura: escândalo

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Por ALEXANDRE SIMÕES

A Galoucura, maior torcida organizada do Atlético, fez um protesto ontem no Mineirão contra o preço elevado dos ingressos.
E gritou palavras de ordem contra o presidente Ziza Valadares.
No vestiário, o cartola reagiu dizendo que a manifestação só aconteceu porque ele parou de dar ingressos para a torcida.
Além disso, questionou a diretoria da Galoucura afirmando que na Série B, no ano passado, a diretoria deu ônibus para viagens dos torcedores e que os lugares no ônibus foram vendidos.
E Ziza afirmou, ainda, que os ingressos que eram passados pela diretoria do Atlético para a Galoucura também era vendidos pelos diretores da torcida.
Ziza afirmou também que diminuiria o preço dos ingressos se a Galoucura passasse a pagar direitos pela utilização da marca do Atlético nas suas camisas.
O presidente da Galoucura, Gustavo Lima, reagiu ao afirmar que a torcida recebia apenas 50 ingressos e vendia as entradas para comprar 100 entradas de estudantes.
Além disso, questionou por que o presidente Ziza Valadares não combatia a pirataria.No final, Lima deu uma declaração que em qualquer país sério do mundo teria muita repercussão.
Mas no Brasil do mensalão, dos bois do Renan, dos sangue-sugas, das ambulâncias, com certeza será esquecida rapidamente.
Declaração que comprova como funcionam as coisas em nosso futebol:

"E o Ziza Valadares já me deu dinheiro para apoiar a campanha dele.
Me deu dinheiro para fazer faixa para o Ricardo Guimarães ficar.
Pedindo para a gente cantar o nome dele.
Toda vez que ele ia lá na Galoucura a Galoucura cantava o nome dele.
Foi pago.
Faixas de apoio com o dinheiro do próprio bolso dele.
Eu recebi, R$ 400, várias quantias.
Isso era para fazer a faixa e gritar o nome dele na arquibancada."

A entrevista do Gustavo Lima, presidente da Galoucura, foi concedida ao repórter Thiago Reis, da Rádio Itatiaia, na porta do Mineirão, antes do jogo Atlético x Grêmio.

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