quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Ruas do Rio não "vivem energia" do Pan e acompanham clima frio

29/07/2007 - 20h47

CLARICE SPITZ/OSÉ RICARDO LEITEda Folha Online, no Rio

Se nas arquibancadas o torcedor se exaltou, mostrou patriotismo e empolgação, o clima dos Jogos Pan-Americanos ficou longe das ruas do Rio. A frase tema "viva essa energia" se restringiu aos locais de disputa.
Ao contrário de uma Copa do Mundo, quando torcedores põem bandeiras do país nas janelas e pintam ruas, as cores brasileiras não foram tão vistas na cidade longe das arenas. Até nos locais de disputa o verde e o amarelo chegavam a ser ofuscado pelo azul dos voluntários.
Assim como a temperatura da parte final dos Jogos, com chuva, tempo nublado e aproximadamente 14ºC, a cidade foi fria em relação à competição. O encerramento dos Jogos, por exemplo, tinha pouco público.
Exceto por meio de anúncios oficiais, quase nada lembrava os Jogos nas áreas mais centrais do Rio. O comércio, que esperava alavancar, não decolou.
Durante o horário de trabalho, as TVs, quando ligadas, não despertavam muita atenção com os jogos ao vivo.
Na praia de Copacabana foi montado um telão com shows noturnos ao lado da Praça das Medalhas, área para exposição da cultura brasileira. Passaram despercebidos e estavam sempre vazios.
Nas lojas com licenciamento para vender produtos oficiais houve pouco movimento. Até a freqüente pirataria não foi encontrada com tanta facilidade.
Os ambulantes deram preferência a cartões-postais da cidade e times tradicionais do futebol.
Sentindo-se excluídos e longe do foco, moradores da favela da Rocinha chegaram a fazer uma tocha próprio e pediram sua inclusão.

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