20/11/2007 - 17h58, Bruno Freitas, Leandro Canônico e Renan PratesEm São Paulo
http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas/2007/11/20/ult59u137516.jhtm
Em seu segundo treino na cidade de São Paulo, o técnico Dunga voltou a sofrer com a pressão da torcida paulista. Mas a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tomou medida de última hora para amenizar o problema: pediu à Polícia Militar para "sugerir" aos sócios do clube do Morumbi que parassem os gritos ou todos seriam retirados.
"O tenente veio me chamar de irresponsável. Mas a partir do momento que nos deixaram entrar não podem mais tirar. Somos sócios do São Paulo", declarou Carlos Eduardo Pinto. "Eu apenas disse que a atitude irresponsável de alguns torcedores pode fazer todos saírem", defendeu-se o tenente Melo.
A irritação da CBF começou quando a torcida são-paulina iniciou pedidos por Rogério Ceni. Em seguida, os gritos foram por Muricy Ramalho. Josué, Mineiro, Kaká e Luís Fabiano, todos ex-São Paulo, também foram saudados. Até mesmo o zagueiro uruguaio Lugano, que treina mais tarde no local, foi homenageado.
O próprio tenente Melo concordou com os pedidos por Rogério Ceni, mas alegou ter recebido ordens para tirar os "mais exaltados" caso não parassem. "Eu mesmo queria estar aqui pedindo o Rogério Ceni, mas temos de respeitar o pedido da CBF. E não é censura alguma", defendeu o membro da Polícia Militar.
Antes dessa confusão, a Polícia Militar já havia expulsado da arquibancada um grupo de torcedores que, segundo a CBF, teria arrombado um portão para acompanhar o treino. Revoltados, os "exilados" protestaram:
"Não é mole não, tem que ter dinheiro para ver a seleção" e "CBF, presta atenção, essa atitude vai acabar com a seleção".
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