terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Ministro diz que governo não investirá em estádios para Copa-2014

29/11/2007 - 15h21 da Folha Online

http://www1.folha.uol.com.br/folha/esporte/ult92u349810.shtml

O ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., afirmou nesta quinta-feira, durante a cerimônia de abertura do 8º Enaenco (Encontro Nacional de Arquitetura e Engenharia), em São Paulo, que o governo federal não pretende investir na construção e na reforma dos estádios que serão utilizados na Copa do Mundo-2014.
"O governo pensa em não destinar dinheiro público para a construção ou remodelação de estádios. Essa questão deve partir da iniciativa privada. É uma oportunidade para as concessões, que podem atrair torcedores que não vão aos estádios por falta de segurança e conforto", disse o ministro, que apontou ainda as melhorias que as arenas ligadas à iniciativa privada teriam.
"Uma rede de estádios multiuso permitirá que o Brasil entre com mais força no ciclo de grandes eventos e espetáculos, que requerem uma infra-estrutura logística que agora está limitada a um ou dois lugares no país. As arenas poderão também explorar marcas, como fez a Alemanha no recente Mundial [de 2006]."
Segundo o ministro, o dinheiro público deve ser investido para cumprir outras exigências do caderno de encargos elaborado pela Fifa e melhorar a infra-estrutura do país.
"Precisamos melhorar a segurança, o sistema de transportes, o acesso aos estádios e a rede hoteleira. Por isso, vamos investir em telecomunicações e na melhoria das rodovias, das ferrovias, dos aeroportos e dos portos. Falta pouco tempo [para o Mundial], mas tudo isso é viável", concluiu Silva Jr.
O presidente do Sinaenco (Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva), José Roberto Bernasconi, afirmou que concorda com a política governamental e disse que apenas o esquema de PPPs (Parcerias Público-Privadas) pode viabilizar uma Copa no país.
"Sem o esquema de concessões, não há outra alternativa para a construção de novos estádios no Brasil. Já temos alguns exemplos vitoriosos no Brasil com as alianças público-privadas, como nas estradas, onde os espanhóis têm grande participação", declarou.

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