Instalações do Pan serão demolidas para a Copa
Bruno Lousada e Leonardo Maia, RIO
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Os R$ 6 milhões investidos pelo Governo do Estado do Rio para a adequação do Parque Aquático Júlio Delamare e do Estádio de Atletismo Célio de Barros, que fazem parte do complexo do Maracanã e foram usados no Pan, serão desperdiçados com a demolição das instalações para a Copa do Mundo de 2014 - o espaço virará estacionamento. A medida independe da escolha do Rio para sede dos Jogos Olímpicos de 2016 - o projeto de aspirante a cidade candidata foi apresentado ontem pelo presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman.
A intenção de demolir parte do complexo do Maracanã já havia sido aventada durante o Pan e, oficialmente, faz parte do projeto da Copa. Após os Jogos, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), chegou a pedir desculpas por ter sido favorável à demolição. Ontem, porém, mostrou-se de acordo. O projeto olímpico prevê a construção de novas instalações para o atletismo e a natação a poucos metros do local atual e a demolição do Autódromo de Jacarepaguá - também sob a promessa de que outro será construído - para a construção do Centro Olímpico de Treinamento.
O presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, Coaracy Nunes, presente à cerimônia, concordou com a mudança, mas só permitirá a destruição das instalações quando as novas estiverem prontas. “Não quero ser a pessoa que vai inviabilizar a Copa ou a Olimpíada.”
Segundo Nuzman, o custo inicial para a construção e ampliação dos locais de competição é de US$ 508 milhões (R$ 898 milhões), pois 56% deles já estão prontos. Os investimentos governamentais em infra-estrutura, principalmente em transportes, chegariam a US$ 2,6 bilhões (R$ 4,5 bi) até 2016. O caderno de postulação do Rio será entregue sexta-feira ao Comitê Olímpico Internacional. Em junho, serão conhecidas as cidades candidatas. COLABOROU AMANDA ROMANELLI
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