segunda-feira, 14 de abril de 2008

Morumbi celebra exaltação do amor ‘à flor da pele’

Torcedores demonstram fanatismo com tatuagens dos escudos dos clubes

http://www.bomdiariopreto.com.br/index.asp?jbd=1&id=36&mat=126128

João Prata, Da Agência BOM DIA

Tem torcedor que não se contenta apenas em comprar a camisa do time. Para demonstrar o amor que sente pelo clube de coração, é preciso mais. Ontem, no Morumbi, inúmeros fãs do São Paulo e do Palmeiras desfilavam nas ruas com o corpo marcado com a homenagem ao time.

O descendente de italiano Vinicius Sassano, 28 anos, demorou anos até ter coragem de fazer uma tatuagem do alviverde. “Não sabia qual desenho fazer. É uma coisa que fica pro resto da vida.”

Fanático pelo Palmeiras, ele decidiu homenagear também os avós, que nasceram na Itália e moram vizinho ao Parque Antarctica. “Tatuei o símbolo do Palestra no coração”, disse Sassano no estádio tricolor.

Não satisfeito, o torcedor, que é publicitário, informou que a tatuagem ainda não está acabada. “Ficaram algumas falhas. Falta passar tinta branca na letra P. Segunda-feira vou deixar a tatuagem beleza para o jogo decisivo”, avisou o palmeirense.

Sassano contou que os avós, em princípio, não aprovaram a desenho na pele. “Eles disseram que aquilo parecia uma sujeira. Mas depois que expliquei que era uma homenagem a eles, ficou tudo certo.”

Sem perder as raízes com a família, o palmeirense também disse que duas vezes por ano vai visitar os familiares no Velho Continente. “Eles são de Milão”, garante.

Questionado se preferia a Inter ou o Milan na Itália, Sassano, não pestanejou. “Sou Palmeiras em qualquer lugar do mundo.”

Pelo lado são-paulino, não é difícil encontrar torcedores com o time do coração na pele. Jefferson da Silva, 19 anos, juntou dinheiro durante seis meses para tatuar o símbolo da torcida organizada nas costas. “Há dois meses consegui fazer a primeira parte. No mês que vem finalizo”, contou.

Jefferson, que não se incomodou com a agulha em sua pele durante três horas, afirmou que agora vai colorir o desenho. “Disseram que agora é a parte mais chata. Vamos ver”, comentou o torcedor, que assim fez a sua primeira tatuagem.

Não satisfeito com a tatuagem das costas, Silva informou que já está juntando dinheiro para fazer mais uma. “Quero fazer o escudo do Tricolor no coração.”


PM comemora dia tranqüilo
Quatro mil policiais foram convocados para trabalhar no clássico, de acordo com o tenente coronel Carlos Botelho, e tiveram um dia sem maiores incidentes.

“Três mil ficaram nos arredores, 650 ficaram no lado externo do estádio e 400 no interno”, disse Botelho.

Cerca de meia hora antes do jogo, palmeirenses tentaram soltar rojões e foram abordados pelos policiais. O grupo foi liberado após a apreensão dos artefatos.

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