sábado, 13 de setembro de 2008

Para CBF, não há perseguição dos torcedores do Rio à seleção

11/09/08 - 09h45 - Atualizado em 11/09/08 - 11h02

Rodrigo Paiva diz que pouco público é problema específico do Engenhão

Eduardo Peixoto Rio de Janeiro
http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Times/Selecao_Brasileira/0,,MUL755842-15071,00.html

Engenhão recebeu público decepcionante

Depois do resultado decepcionante contra a Bolívia e do comportamento hostil da torcida comentou-se informalmente sobre a possível remarcação do jogo contra a Colômbia, previamente agendado para o Maracanã no dia 15 de outubro. Nas palavras do diretor de comunicação da CBF, Rodrigo Paiva, no entanto, não há preocupação com uma possível “saturação” da relação entre cariocas e seleção brasileira.

- Está marcado para o Maracanã, mas não está oficializado. Jogar no Rio não está saturado, mas temos de pegar com frieza tudo o que se passou aqui (no Engenhão) e entender por quê (o jogo não deu certo). A imprensa fez o papel dela, a seleção também e o torcedor não veio. A divulgação não era desta forma desde antes da Copa de 2006. Então não foi motivação, de jeito algum. Foi outro aspecto, mas prefiro não dizer qual porque seria minha opinião pessoal – declara o diretor de comunicação da CBF.

A afirmação indica que o namoro entre seleção brasileira e Engenhão mal começou e está a ponto de ruir. Apesar de toda a modernidade – elogiada pela CBF - o estádio não passou em alguns pontos importantes para uma casa do time verde-amarelo.

A flagrante falta de interesse do público, mesmo depois da convincente vitória por 3 a 0 sobre o Chile, é um dos fatores de destaque. O local é considerado de difícil acesso para boa parte dos moradores do Rio de Janeiro por causa da pouca disponibilidade de transporte coletivo e locais de estacionamento.

- O estádio estava vazio, e isso não é algo normal. Não sei o que aconteceu, mas independentemente disso, tínhamos que ter feito uma boa partida. Empatar com a Bolívia em casa não é nada legal – afirma o atacante Luís Fabiano.

Rodrigo Paiva sintetizou o que pensa do moderno estádio, construído pela Prefeitura do Rio e administrado pelo Botafogo. Ele elogiou bastante, mas fez uma importante ressalva.

- (O Engenhão é um) estádio que merece orgulho, para mim é o melhor do Brasil. Agora, não é um estádio de futebol. É um modelo de arena que existe no mundo, com uma pista de atletismo. Mas as condições de trabalho para a imprensa, com muitas salas, funcionaram. O campo estava muito inferior ao que encontramos no Chile, mas contribuímos para isso porque treinamos dois dias aqui (segunda e terça). Mas temos que saber nossa responsabilidade e não utilizar nada como desculpa – declara.

A última partida do Brasil no Maracanã aconteceu no dia 17 de outubro de 2007. A equipe goleou o Equador por 5 a 0 com 85 mil torcedores presentes.

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