domingo, 10 de junho de 2007

Palestra sofre tentativa de invasão e briga generalizada

Torcedores tentam invadir o estádio, que também vê confronto de organizadas

http://www.estadao.com.br/esportes/futebol/noticias/2007/jun/09/137.htm

09 de junho de 2007 - 19:17, Juliano Costa

SÃO PAULO - A polícia militar precisou usar bombas de efeito moral e até dar tiros para o alto e em um muro para evitar uma tentativa de invasão de torcedores palmeirenses ao estádio Palestra Itália, durante o primeiro tempo do jogo entre Palmeiras e Botafogo, realizado neste sábado. A confusão começou na avenida Francisco Matarazzo e se estendeu por ruas próximas ao estádio.
Um diretor da Mancha Alviverde, principal torcida organizada do Palmeiras, recolheu as balas do chão para mostrá-las depois à Corregedoria da polícia. Na semana passada, dois integrantes da facção foram presos portando granadas na tentativa de fazer uma emboscada à torcida do Cruzeiro.
Palmeirenses sem ingressos, que foram ao clube para participar de uma festa junina, tentaram entrar no estádio à força e em bloco. Todos os ingressos já haviam sido esgotados na quinta-feira, graças a uma promoção da Nestlé, patrocinadora do Campeonato Brasileiro - torcedores trocavam pacotes de bolacha por ingresso.
Muitas pessoas sem ingresso tentavam comprar bilhetes com cambistas, que agiam sem pudor, vendendo as entradas a poucos metros de policiais. Na mão dos cambistas, o ingresso, que valia um pacote de bolacha, chegava a ser vendido por R$ 30.
Dentro do estádio, mais confusão: enquanto o "torcedor comum" se espremia nas arquibancadas, os membros das organizadas gozavam de um amplo espaço reservado só para eles. O motivo é uma recomendação da Federação Paulista para coibir a violência, separando os cadastrados das organizadas dos demais torcedores. Devido à superlotação nos outros setores, a polícia resolveu abrir a "área VIP" das organizadas aos 20 minutos do primeiro tempo.
Na saída, mais confusão
As cenas de violência continuaram depois do jogo. Um grupo de palmeirenses acusou os botafoguenses de estarem reforçados por membros da Gaviões da Fiel, principal torcida do arqui-rival Corinthians.
Foi o suficiente para que se estabelecesse uma briga generalizada que começou na Rua Padre Antônio Thomás, desceu a Avenida Antártica e foi parar na Rua Turiassu, onde ficam as sedes das principais facções palmeirenses.
Pais de família e crianças amedrontados tentavam voltar para o clube ou se proteger em bares próximos. A Policia Militar dispersou a multidão com bombas de efeito moral. O trânsito na região teve de ser interditado. Não há registro de feridos ou presos.

UTB: Comentário segue na próxima postagem com a coluna do Flavio Prado na Gazeta Esportiva.

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