quinta-feira, 16 de agosto de 2007

‘Balança’, mas não cai Construções em torno do Engenhão

Quinta-feira, 16 de Agosto de 2007

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15/8/2007 02:31:00
‘Balança’, mas não cai Construções em torno do Engenhão, que já teve dois muros derrubados pelo vento, ficam intactas.Vizinhos ironizam obra

Bianca Lopes e Mahomed SaiggRio
- Construído com a promessa de ser um dos mais modernos e sofisticados complexos esportivos do País, o Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, virou alvo de ironia entre vizinhos. Casas construídas há 40 anos ficaram com seus muros intactos enquanto dois da instalação mais badalada do Pan vieram abaixo com ventos de até 64 km/h. O último desabou sábado.“Moro aqui há 45 anos e já presenciei ventos muito mais fortes que os de sábado. ”É inaceitável uma ‘brisa’ derrubar um muro, protestou o presidente da Associação de Moradores do Entorno do Engenhão (Amete), Aníbal Antunes. Até a abandonada Igreja de São Pedro, que fica no alto da Rua Guilhermina, resistiu à ventania. Anibal vive em casa na Rua das Oficinas, colada ao Engenhão.
“Moro tão perto do estádio, que se esse muro cair derrubará o meu”, crê.
Irreverente, a estudante Paloma Bengaly, 18, parodiou música de Ivete Sangalo. “Poeira, poeira, o muro levantou poeira!”, cantou a jovem, que vive em vila na Rua José dos Reis. Apesar das brincadeiras, os moradores estão preocupados. “Essas quedas são um mau sinal”, afirmou a comerciante Ione da Silva, 47, que mora na Rua Doutor Padilha.
ISOPOR NO MURO
Ontem, engenheiros da Secretaria Estadual de Transportes inspecionaram muro que divide o Engenhão e a Escola Técnica Estadual de Transporte Engenheiro Silva Freire. A estrutura tem várias frestas preenchidas por isopor mas, segundo eles, precisa ser interditada. Os engenheiros, no entanto, decidiram encaminhar ofício à prefeitura, solicitando garantias de que o muro não corre risco de desabar.
“Não existe perigo iminente aqui. As folhas de isopor só foram colocadas por uma questão de estética”, afirmou o engenheiro Clodoveu Ourique Rodrigues. Já o engenheiro Gilberto Filizola, especialista em estruturas, discorda: “O isopor deve ser substituído por silicone ou borracha. Serve para evitar acúmulo de materiais indevidos e infiltrações”.Em nota, a construtora Odebrecht informou que as rachaduras encontradas nas rampas de acesso ao estádio apareceram em “em função da variação térmica”.

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