Com investimentos e boas campanhas, "maior do mundo" tem os melhores públicos do ano e do Campeonato Brasileiro.
Leonardo Velasco, especial para o Pelé.Net
http://noticias.uol.com.br/pelenet/revista/ult1334u1301.jhtm
Os números não deixam mentir. Todos os recordes de público deste ano aconteceram no estádio. Primeiro foi a final do Estadual do Rio, que levou 63.614 pessoas ao estádio para ver o Flamengo empatar por 2 a 2 com o Botafogo, e depois levar a melhor nos pênaltis.
Na Copa do Brasil, o Rio teve os três melhores da competição e os dois principais do ano. O confronto entre Botafogo e Figueirense, na semifinal, levou 64.114 pagantes. Também contra a equipe catarinense, mas na final, o Fluminense contou com o incentivo de 64.669 pessoas, mas apenas 63.557 pagaram pelos ingressos.
O Maracanã também é soberano no Campeonato Brasileiro, com os cinco melhores públicos da competição. Até a última rodada, 544.266 torcedores haviam comprado ingressos para ir ao estádio e o recorde é do jogo entre Flamengo e Sport, com 51.552 pagantes e 61.208 presentes.
A mudança é drástica, em relação até mesmo ao ano passado, quando o público no estádio jornalista Mário Filho já melhorava. Entre os dez melhores públicos do Brasileiro de 2006, apenas o sétimo, oitavo e nono foram no palco. A média foi de 13.833 pessoas por jogo, contra 22.678 deste ano.
As marcas de 2007, no entanto, ainda estão longe das antigas. O maior público do estádio aconteceu em 1969, na Eliminatória para a Copa do Mundo, quando 183.341 pessoas viram o Brasil derrotar o Paraguai por 1 a 0. Há relatos ainda de que na final da Copa de 1950 cerca de 200 mil torcedores estiveram no estádio, mas o registro oficial é de 173.850 pagantes.
No entanto, como houve a colocação de assentos nas arquibancadas, a capacidade atual do estádio passou a ser de 88.992 lugares.
"Eu acho que cada vez mais você pode dizer que voltamos aos tempos áureos. Mas isso depende muito do desempenho dos clubes. Os times são a razão do sucesso do Maracanã. Não é um burocrata ou político. Não consigo botar duas pessoas no estádio para me ver correr. A torcida vem pelos times e jogadores", afirmou Eduardo Paes, presidente da Suderj, órgão que administra o estádio.
Não é isso, porém, que pensa o presidente do Flamengo, Marcio Braga. O dirigente exaltou o trabalho de Paes e o Programa de Fidelidade lançado na última quarta e assinado pelo time rubro-negro e pelo Fluminense. Nele, os clubes se comprometem a jogar pelo menos 70% de seus jogos no Maracanã, tendo um custo mais baixo para isso.
"O Eduardo Paes é o melhor administrador que o Maracanã já teve. Ele está implantando um modelo inédito de gestão de estádios públicos. Isso também poderá ser feito, principalmente, em estádios do Norte e Nordeste do país", afirmou, contrapondo o relacionamento com as antigas administrações, pivôs de muitos conflitos com os clubes.
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