domingo, 3 de fevereiro de 2008

Gaviões e Mancha na Avenida

02/02/2008 - 00h12
Com apoio da torcida, Gaviões da Fiel empolga público no Anhembi
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u369106.shtml

da Folha Online

De volta ao Grupo Especial do Carnaval, a escola de samba Gaviões da Fiel empolgou, com a ajuda da torcida do Corinthians, o público no Sambódromo do Anhembi. A escola abriu a primeira noite dos desfiles em São Paulo.

Confira a cobertura completa do Carnaval na Folha Online.

Com a história de Santana de Parnaíba (região metropolitana), uma das origens do samba no Estado, o desfile começou por volta das 22h55, e terminou em cima do tempo estabelecido, de 65 minutos.

Cerca de 4.000 componentes foram divididos entre 22 alas e cinco carros alegóricos para apresentar o enredo "Nas Asas dos Gaviões, Rumo ao Portão dos Sertões Santana de Parnaíba: Berço de Bandeirantes".

O abre-alas fez uma referência aos chamados "filhos da terra" de Santana de Parnaíba, os bandeirantes que habitaram o local e encontraram os índios. O encontro dos dois foi representado por meio de integrantes da escola caracterizados.

A busca pelas riquezas como ouro, prata e pedras preciosas também estiveram presentes no desfile. A escola trouxe uma representação de um marco do desenvolvimento à época: a construção de uma usina hidrelétrica, feita com aproveitamento das quedas das águas do rio Tietê.

Outro setor da escola mostrou a importância da cidade no desenvolvimento do samba no Estado de São Paulo. Uma das surpresas foi o setor retratando o bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva, que recebeu o apelido de Anhangüera. A história conta que ele lançou mão de um truque para impressionar os índios. Ele ateava fogo à pinga.

Entre os destaques da escola, Livia Andrade, Sabrina Sato, Jaqueline Khury, o ex-jogador Biro-Biro e integrantes do grupo CPM 22. Sabrina teve um problema com sua fantasia, e passou parte do desfile cobrindo um dos seios com as mãos.

Desfiles

A Gaviões da Fiel --vencedora do Grupo de Acesso no ano passado-- abriu os desfiles de São Paulo na noite desta sexta-feira. Em seguida, se apresentam ainda Acadêmicos do Tucuruvi, Unidos da Vila Maria, Águia de Ouro, Tom Maior, Rosas de Ouro e Nenê da Vila Matilde.

No sábado, a partir das 22h30, desfilam Camisa Verde e Branco, Mancha Verde, X-9 Paulistana, Pérola Negra, Vai-Vai, Mocidade Alegre e Império da Casa Verde.


03/02/2008 - 00h54
Torcida palmeirense vibra com verde da Mancha em homenagem a Suassuna
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u369301.shtml

da Folha Online

Em peso no Sambódromo do Anhembi, a torcida do Palmeiras vibrou com o excesso de verde da Mancha, segundo escola de samba a se apresentar nesta noite do Carnaval de São Paulo.

Antes da Mancha Verde, desfilou a Camisa Verde e Branco. Na seqüência, se apresentam X-9 Paulistana, Pérola Negra, Vai-Vai, Mocidade Alegre e Império da Casa Verde. Confira a cobertura completa do Carnaval na Folha Online.

Com o enredo "És imortal...Ariano Suassuna, Sua Vida, Sua Obra, Patrimônio Cultural", a Mancha Verde fez uma homenagem ao escritor paraibano, mesclando um pouco da história de sua vida com personagens e livros.

O primeiro setor representou o nascimento do escritor, sua infância, sua formação cultural e suas primeiras obras. Uma espécie de baú com objetos antigos importantes foi empurrado pelo boneco símbolo da escola, o Manchão.

Uma obra do escritor citada já no primeiro carro foi o "Auto da Compadecida". Integrantes da Mancha Verde encenaram o julgamento de João Grilo, personagem que morre atingido durante uma luta com cangaceiros e vai a julgamento tendo como acusador o Diabo. O setor ainda trouxe alas que abordaram a cultura popular do sertão paraibano.

O segundo carro contou com personagens típicos da região onde o escritor nasceu e mostrou referências da obra "A Pedra do Reino". Elementos do folclore como mamulengos --bonecos-- e desafios de viola foram representados.

Alas abordaram a arte armorial, criada para valorizar a cultura popular do Nordeste do país e que demonstra interesse por diversas vertentes, entre elas a dança, pintura, música, literatura, cerâmica, escultura e teatro. A literatura de cordel também foi destaque.

A escola apresentou ainda uma alegoria gigante criada com 7.000 bolinhas de piscina infantil. A estrutura contou também com duas esculturas de 33 metros cada, representando duas pedras.

O teatro moderno foi apresentado por meio de citações de personagens de textos teatrais, como "O Casamento Suspeitoso", que mostrou uma união baseada em interesses, e a tese de livre-docência, intitulada "A onça castanha e a ilha Brasil: uma reflexão sobre a cultura brasileira".

Outra alegoria da escola apresentou dois momentos fundamentais da vida do escritor, ambos representados por palhaços --o alegre é o contato com o circo, e o triste, a morte do pai.

O último carro contou com esculturas de quatro grandes cavalos. Feita com estilo clássico, a alegoria caracterizou a ascensão do escritor à Academia Brasileira de Letras. Suassuna foi eleito em 3 de agosto de 1989 à cadeira número 32.

Com a dissolução do Grupo Especial de Escolas de Samba Esportivas, a escola voltou a desfilar pelo Grupo Especial, assim como fez pela primeira vez, em 2005. Entre os destaques da Mancha Verde, que contou com 3.400 componentes em 25 alas, estava Suassuna e sua mulher.

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