sexta-feira, 7 de março de 2008

Pó-de-arroz: PM e torcida não se entendem

05/03/2008 - 22h57m - Atualizado em 05/03/2008 - 23h29m

Torcedores acusam comandante do Gepe de não cumprir acordo. Major Busnello nega
Caio Barbosa do GLOBOESPORTE.COM, no Rio de Janeiro

http://globoesporte.globo.com/ESP/Noticia/Futebol/Fluminense/0,,MUL338881-4284,00-PODEARROZ+PM+E+TORCIDA+NAO+SE+ENTENDEM.html

A volta do pó-de-arroz ao Maracanã após nove anos de proibição foi muito comemorada pela torcida, a festa ficou bonita e fez muita gente se emocionar, mas quem se dispôs a comprar, transportar e ensacar o talco teve um início de noite complicado. Os integrantes da Legião Tricolor - movimento criado para resgatar a tradição da torcida do Fluminense - chegaram ao Maracanã por volta das 18h30m com o talco, mas só foram recebidos pelo major Busnello, comandante do Gepe, às 20h, na rampa da Uerj.
Os policiais que faziam a revista dos torcedores não foram autorizados a liberar a entrada do talco, o que gerava apreensão nos tricolores, que temiam não ter tempo hábil para distribuir o talco na arquibancada.
Os torcedores também acusaram o major Busnello de não ter cumprido com sua palavra. Segundo eles, Busnello teria afirmado, no fórum, na presença de um juiz, que liberaria não só o talco, como pisca-piscas e sinalizadores, mas isso não ocorreu, causando um novo transtorno, agora entre as torcidas organizadas.
- A gente não quer confronto com a Polícia, mas acho que o fato de eles terem perdido na Justiça fez com que dificultassem as coisas para todo mundo, impedindo uma festa pacífica. Na frente do juiz e dos advogados, ele garantiu que liberaria tudo, mas ligou para os chefes de torcida dizendo que elas teriam de optar por talco ou pisca-piscas e sinalizadores. Eles optaram pelos pisca-piscas e sinalizadores, mas foram impedidos de entrar. Assim, dos trezentos e cinqüenta quilos de talco, só foram trazidos cento e pouco - reclama, chateado, o torcedor Gustavo Ribeiro.
Procurado por dezenas de jornalistas para explicar o porquê da discórdia, o major Busnello confirmou a proibição da entrada dos pisca-piscas e sinalizadores, alegando desconhecer os efeitos do pó-de-arroz.
- Quero ver como vai ficar o Maracanã com o talco. Não poderia liberar também as fumaças e os piscas, senão o espetáculo poderia ficar prejudicado. Neste jogo, teve de ser uma coisa ou outra - explica Busnello, que negou ter autorizado a entrada de tudo o que foi solicitado pelos torcedores na presença de um juiz.

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