sexta-feira, 14 de março de 2008

Segurança do Palmeiras é acusado de esfaquear 2 torcedores

Funcionário teria cometido a agressão após ser intimidado por um grupo de integrantes da Mancha Alviverde

Ricardo Valota, do estadao.com.br

http://www.estadao.com.br/esportes/not_esp139469,0.htm

SÃO PAULO - Dois torcedores do Palmeiras foram esfaqueados quando saíam do Palestra Itália, na Zona Oeste, no começo da madrugada desta quarta-feira, após a vitória do time alviverde por 2 a 1 sobre a Ponte Preta, pelo Campeonato Paulista. Um segurança terceirizado, de 41 anos, suspeito de ser o agressor, foi levado à delegacia, mas a faca usada no crime não foi encontrada.

A agressão teria tido origem em um desentendimento com membros da Mancha Alviverde horas antes. O presidente Jânio Carvalho diz que o suposto agressor - que trabalha no apoio da segurança entre os setores azul e amarelo - vinha criando problemas com torcedores desde o final do ano passado. No jogo desta quarta-feira, Carvalho afirma ter sido impedido de voltar para a área em que fica a torcida organizada, após passar com policiais para o setor ao lado.

"Cinco minutos depois, na hora de voltar, ele disse que eu não podia passar e começou a falar. Como foi o terceiro jogo seguido que ele tratou mal torcedores, fui, depois da partida, conversar com o chefe da segurança do Palmeiras, que disse que conversaria com ele. Mas logo depois, os dois torcedores foram esfaqueados."

Uma das vítimas, o estudante Lucas Alves, de 18 anos, conta que passava pela calçada da Rua Padre Antônio Tomás quando, em frente ao estacionamento, viu o segurança saindo em um carro, com outras duas pessoas, e mostrou a um amigo, Noel Barros, de 18 anos. "Falei que era o segurança que estava discutindo com o presidente da Mancha Alviverde e ele saiu do carro com a faca e veio para cima do Noel."

Alves diz que, ao ver o amigo ferido, empurrou o segurança para dentro do estacionamento, para separá-los. "Ele falou que ia cortar minha cabeça. Coloquei o braço na frente, para me defender, e também fui agredido. Aí outros torcedores viram e vieram para cima dele, que depois correu para dentro do clube." Testemunhas afirmam que pelo menos sete palmeirenses, armados com pedaços de madeira, agrediram o segurança.

O suposto agressor foi localizado três horas depois e levado ao 23.º Distrito Policial (Perdizes), onde prestou depoimento, em que disse não ter esfaqueado ninguém e confirmou ter sido agredido por torcedores palmeirenses.

Feridos, os dois torcedores, que usavam agasalhos da Mancha, foram levados por uma ambulância do clube à Santa Casa de Misericórdia. Lucas Alves foi liberado após ser atendido e levar dois pontos no dedo anelar e oito no braço esquerdos. Noel Barros, atingido na perna, continua internado, pois passaria por cirurgia.

O advogado das vítimas, Roberto Cyrillo, disse que acionará a promotoria para pedir que o caso seja tratado como tentativa de homicídio, e não como lesão corporal. Além disso, entrará com processo por perdas e danos morais e materiais contra o clube. "Queremos saber da onde o segurança tirou essa faca, quem deu, quem deixou ele entrar", enfatiza o presidente da Mancha Alviverde.



13/03/2008 - 13h07

Após agressão, torcedor diz que vai processar Palmeiras e ameaça segurança
da Folha Online

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u381563.shtml

Depois de ter dois de seus integrantes esfaqueados por um dos seguranças do clube, a torcida organizada Mancha Alviverde disse que vai processar o Palmeiras e fez ameaças ao agressor. A confusão aconteceu na madrugada desta quinta-feira, após a partida entre Palmeiras e Ponte Preta, no Parque Antarctica (zona oeste de São Paulo) --vitória por 2 a 1 do time da capital.
"Precisamos saber como um segurança sai armado de dentro do clube e esfaqueia duas pessoas. Vamos processar o clube. Temos que ver o que é certo, desarmar o torcedor e deixar o segurança armado, ou desarmar os dois", disse o presidente da Mancha Alviverde, Jânio Carvalho.
"Se tivermos que fazer alguma coisa, vamos resolver na mesma moeda. É olho por olho e dente por dente. Se a Justiça não fizer, vamos ter que fazer. Depois não adianta me prender. Eu volto para a cadeia, mas volto com ele [segurança]", continuou.
O tumulto aconteceu no estacionamento do Parque Antarctica. Um dos torcedores teria sido ferido no braço e o outro, na perna. O segurança também teria ficado ferido.
Quando os policiais militares chegaram ao local, os torcedores já haviam sido socorridos por uma ambulância do Palmeiras.
"Eu estive com os torcedores, até acertamos alguns detalhes, e estava tudo tranqüilo. Saí do estádio por volta das 11h45, e não tinha motivo para ter briga. Acho que o segurança, se fez isso, foi irresponsável por estar armado no meio da multidão. Mas temos que apurar também a responsabilidade desses torcedores", disse o promotor Paulo Castilho à rádio Jovem Pan.

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