segunda-feira, 21 de abril de 2008

Confusão: Torcedores denunciam agressão em Mirassol

20/04/2008

http://www.jcnet.com.br/editorias/detalhe_esportes.php?codigo=128666

Gabriel Pelosi
A torcida noroestina Sangue Rubro, que fielmente acompanha o Noroeste há 21 anos, passou por um dos seus piores dias anteontem quando estiveram em Mirassol para acompanhar a partida pela semifinal do interior. Integrantes da torcida que compareceram na partida de anteontem entre o time da casa e o Norusca denunciaram que teriam sofrido abusos por parte da Polícia Militar de Mirassol.

Segundo José Roberto Pavanello, presidente da organizada, o tumulto começou ainda dentro do estádio José Maria de Campos Maia quando, ao final do jogo, enquanto aguardavam a saída da torcida adversária para evitar possíveis provocações, policiais militares forçaram a saída da torcida bauruense. “Sempre que vamos a jogos fora de Bauru somos orientados pela Polícia Militar e Federação Paulista de Futebol a aguardar a saída dos torcedores locais para evitar confusões. Mas em Mirassol, estranhamente, policiais nos forçaram a sair do estádio enquanto a torcida deles ainda estava por lá. Tentamos argumentar, mas fomos recebidos à cacetadas”, afirmou.

Ao deixarem o estádio, notaram que o ônibus que os tinha levado à Mirassol havia sido apedrejado. O presidente da Sangue Rubro foi até a Polícia Militar e solicitou escolta até a saída da cidade para evitar maior confusão. Entretanto, disseram que não havia condições de escoltar o ônibus da torcida bauruense.

“Pegamos o ônibus para sair da cidade e, enquanto passávamos pelo centro da cidade, torcedores arremessavam pedras e paus. Alguns que estavam no ônibus revidaram com xingamentos. Foi quando a polícia jogou spray de pimenta pelas janelas do ônibus e nos fizeram descer. Tinha um garoto de nove anos e uma menina de seis com a gente. Eles começaram a passar mal por causa do spray. Os policiais nos fizeram descer do ônibus e colocaram todos os homens na parede. E, enquanto revistavam, também agrediam com socos e tapas. Até o garotinho apanhou. Foi uma covardia”, contou Pavanello. Segundo o torcedor Gustavo Padilha, que também estava sendo revistado, no momento que davam socos, um dos policiais disse: “Vocês acham que íamos bater em vocês lá dentro do estádio, com a imprensa de olho?”

A reportagem do JC entrou em contato com a Polícia Militar de Mirassol. O sargento Carvalho, que ontem estava de plantão, informou que há o registro de uma pequena confusão por parte de torcedores bauruenses. O tenente Assis, indicado para comentar o fato, não foi encontrado pela reportagem. O relações públicas da Polícia Militar de São José do Rio Preto, Nedson Nobre, também não foi encontrado para comentar o fato. A torcida Sangue Rubro pretende enviar um documento para o Batalhão da Polícia Militar de São José do Rio Preto e registrar o fato na Federação Paulista de Futebol.

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