terça-feira, 22 de abril de 2008

FPF confirma final no Parque Antarctica, mas TJD pode vetar o estádio

22/04/2008 - 12h22

da Folha Online http://www1.folha.uol.com.br/folha/esporte/ult92u394490.shtml

A FPF (Federação Paulista de Futebol) anunciou nesta terça-feira que o estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, e o Parque Antarctica, em São Paulo, serão os palcos das finais do Campeonato Paulista entre Ponte Preta e Palmeiras. Porém o time da capital ainda pode perder o direito de jogar em seu campo por conta do episódio do ataque com gás ao vestiário do São Paulo, no último domingo.
O primeiro jogo das finais será realizado no próximo domingo, às 16h, em Campinas. O jogo da volta acontecerá no dia 4 de maio.
Segundo o presidente da FPF, Marco Polo del Nero, a decisão pode sair do Parque Antarctica se o TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) resolver punir o clube. Na vitória por 2 a 0 sobre o São Paulo, no fim de semana, os são-paulinos reclamaram de um gás que impediu que o time ficasse no vestiário durante o intervalo.
"Cabe ao tribunal o julgamento final, e não a nós. [Vetar o Parque Antarctica] foge ao executivo da federação. Temos que cumprir determinações do tribunal. Se eles entenderem que tem que ser de uma forma diferente, decidiremos [pela mudança de local]", disse Del Nero.
O Palmeiras fez um Boletim de Ocorrência do caso e a delegada-assistente da 23ª Delegacia de Polícia, Renata Correa, em companhia de investigadores, compareceu ao estádio na tarde desta segunda-feira para uma perícia. O clube aguarda agora um laudo do Instituto de Criminalística.
O laudo será encaminhado ao TJD, que também analisará a súmula da partida feita pelo árbitro Wilson Luiz Seneme.
"É lamentável. Isso sempre acontece com torcidas organizadas. Um torcedor normal não faz isso. Mas o clube tem uma responsabilidade objetiva dentro do fato e, se foi uma torcida do Palmeiras, ele tem que responder", disse Del Nero.

Reação

Irritado com o episódio, o São Paulo já tem traçado um arsenal jurídico (tanto esportivo quanto comum) para reagir aos transtornos sofridos dentro do vestiário do Parque Antarctica, mas vai esperar definição do Tribunal de Justiça Desportiva paulista.
A parte da Justiça comum também já foi encaminhada, após o técnico Muricy Ramalho fazer exames toxicológicos e de corpo-delito no Instituto Médico Legal. O técnico foi um dos que mais sofreram com o gás, chegando a vomitar no banco de reservas.
O meia Jorge Wagner também reclamou bastante do episódio. "Nunca passei por isso em dez anos como profissional. Espero nunca mais ter que passar por isso."
Com a Folha de S. Paulo

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