domingo, 15 de março de 2009

Mais torcida, menos palavrões

15 de março de 2009. | N° 8376AlertaVoltar para a edição de hoje
CAPA

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Só com uma caminhada por um estádio dá para perceber que homens e mulheres se comportam de maneira claramente diferente na hora de torcer. Eufóricos, os homens não medem as palavras na hora xingar – juiz, técnico e até os jogadores do próprio time quando pisam na bola. E xingam bastante. Não importa que o placar esteja com dois gols a favor ou que aquela bola que sacudiu a rede foi originada escrachadamente em um passe irregular.

Elas, por sua vez, costumam ser mais contidas, algumas até delicadas. Dão apoio para o seu time, mas sem denegrir o adversário.

– A mulher tem outro tipo de intervenção, busca incentivar pelo lado positivo. Dificilmente uma torcedora xinga os jogadores – observa Vera Rodrigues, presidente do Instituto Figueirense de Assistência Social.

A diretora social do Avaí, Nesi Furlani, também percebe a diferença.

– O homem é nervoso, exaltado. A mulher é mais amena. Faz festa quando sai o gol, mas não se exalta quando algo dá errado – avalia.

Cada um na sua

Carina Beduschi, Miss Brasil 2005, é uma das ilustres torcedoras que costumam ir ao Orlando Scapelli acompanhar as partidas do Figueira. Sempre na companhia de amigos e familiares, a arquiteta de 24 anos segue para a casa do avô, no Bairro Estreito, que fica próximo ao Scarpelli, antes de ir ao estádio.

– Os jogos mais divertidos são os clássicos conta o Avaí.

As brincadeiras não se limitam ao ambiente de trabalho. Quis o destino que o caminho de Carina cruzasse com o do médico Roberto, um criciumense fanático.

Carina e Roberto nunca assistem de mãos dadas jogos dos respectivos clubes nos estádios. Ele segue direto para a arquibancada. Ela, para as cadeiras, local favorito das torcedoras.

diario.com.br

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