TERÇA-FEIRA, 19 DE JANEIRO DE 2010 - 09h38
Portugal cogita demolir arenas
REDAÇÃO
Da Máquina do Esporte, em São Paulo
Uma declaração do ex-ministro da economia de Portugal na última segunda-feira levantou uma grande discussão sobre o futuro dos estádios construídos para a Eurocopa de 2004 no país europeu.
"É muito complicado lidar com as dívidas de algo que não cria riqueza nem representa um bem público", afirmou Augusto Mateus, em entrevista à rede de notícias Bloomberg.
O economista se referia aos estádios de Braga, Coimbra, Leiria, Aveiro e Faro/Loulé. Todos eles tiveram suas construções bancadas, em grande parte, pelos municípios, que agora não têm condições de pagar pela manutenção dos estádios. Por ano, os municípios gastam em torno de 13 milhões de euros entre pagamento de dívidas adquiridas para a construção dos estádios e sua respectiva manutenção.
A situação mais delicada é do estádio de Aveiro, utilizado pelo time do Beira-Mar. O clube, que está na Segunda Divisão de Portugal, não leva mais do que três mil torcedores ao estádio. Em outubro passado, o conselho municipal já havia cogitado a hipótese de demolir a arena, que teve em 2009 apenas 5% de sua capacidade de 30 mil pessoas ocupada.
O caso emblemático segue a ser o estádio de Braga. Construído em meio a uma pedreira, a arena ganhou diversos prêmios de arquitetura e se transformou em cartão-postal da cidade, tendo inclusive assegurado a venda de naming rights para a empresa local Axa. Em razão disso, a prefeitura continua a investir cerca de cinco milhões de euros ao ano para manter o estádio, que em 2009 teve média de 40% de ocupação.
As únicas exceções nos estádios portugueses são a Nova Luz, o Dragão e o Alvalade Século 21, estádios utilizados, respectivamente, por Benfica, Porto e Sporting. Bancados em sua maior parte pelos clubes, essas arenas têm boas taxas de ocupação e dão retorno aos clubes.
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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Copa 100% segura será impossível, afirma ministro
Tarso Genro, que se reúne hoje com a Fifa, diz que entidade só está preocupada com a segurança dos estádios em 2014
Para governo, Exército na rua, como no Pan-07, pode ajudar, mas projeto prevê legado mais duradouro para a polícia após eventos no Rio
Folha de São Paulo, sexta-feira, 27 de novembro de 2009
LUCIANA COELHO,ENVIADA ESPECIAL A BERNA
O Brasil quer mostrar à Fifa que investe em uma mudança de paradigma na segurança nacional e que, como afirma nas demais áreas, mira um legado duradouro após a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016.
Mesmo assim, diz o ministro Tarso Genro (Justiça), não é possível eliminar o risco de um incidente como o ocorrido no mês passado no Rio, quando um helicóptero da Polícia Militar foi abatido por traficantes. "[Risco] vai ter sempre, nos países mais desenvolvidos vai ter, como já ocorreu", afirmou Tarso à Folha, ontem.
O ministro se reúne hoje com o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, em Zurique, para tratar do tema. Ele diz que foi o país que pediu a reunião, sem pressão da Fifa, que minimiza o problema também na África do Sul -sede em 2010. E diz que o Exército poderia ir às ruas no evento, como paliativo.
FOLHA - O que o sr. vai apresentar à Fifa amanhã [hoje]?
TARSO GENRO - As medidas que estamos tomando em relação a [Olimpíada de] 2016 e [à Copa do Mundo de] 2014, as medidas legais para apressar essa mudança de paradigma da segurança pública na reforma das polícias, na melhoria das condições salariais dos policiais. Queremos esse legado.
FOLHA - Quatro anos são suficientes para tanto?
TARSO - Para implementar a mudança sim, não para completá-la. Começamos há um ano e meio, quando foi aprovada pelo Congresso Nacional a legislação do Pronasci [Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania]. Dobramos os recursos do Ministério da Justiça com segurança e começamos a trabalhar com os Estados. Temos condição de chegar em 2016, 2014 em trânsito, com o paradigma mudado. A realização de um evento desse tipo não é problema, pois se eu ponho o Exército nos pontos estratégicos, se dobro o tempo dos policiais, você dá segurança, como ocorreu no Pan [de 2007, no Rio de Janeiro].
FOLHA - Mas sempre há risco de um incidente como foi...
TARSO - Sim, mas isso vai ter sempre, nos países mais desenvolvidos vai ter, como já ocorreu. Os riscos vão existir sempre. O que nós queremos dessa feita é, com esses compromissos, utilizá-los também para o sistema de segurança pública do país para quando terminar a Olimpíada não voltar como antes, e seguir num grau de segurança cada vez mais aperfeiçoado. Isso será o trabalho de três governos. Acreditamos que o caminho está dado. Tanto que, quando apresentamos nosso anteprojeto da Olimpíada, a questão da segurança pública quase saiu da pauta. Eles aceitaram nossa proposta.
FOLHA - E agora, que questionamentos a Fifa tem feito? Há o modo como a mídia internacional tratou o helicóptero...
TARSO - São mais da segurança dos estádios. Na questão da cidade não há um questionamento, porque a experiência do Pan foi muito boa. Eles estão preocupados com a reforma dos estádios, com a integração dos diversos órgãos de segurança com estruturas de direção da Copa. O pessoal da Copa não tem colocado essa questão para nós como impeditiva. Eles sempre reconheceram os esforços do país.
Para governo, Exército na rua, como no Pan-07, pode ajudar, mas projeto prevê legado mais duradouro para a polícia após eventos no Rio
Folha de São Paulo, sexta-feira, 27 de novembro de 2009
LUCIANA COELHO,ENVIADA ESPECIAL A BERNA
O Brasil quer mostrar à Fifa que investe em uma mudança de paradigma na segurança nacional e que, como afirma nas demais áreas, mira um legado duradouro após a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016.
Mesmo assim, diz o ministro Tarso Genro (Justiça), não é possível eliminar o risco de um incidente como o ocorrido no mês passado no Rio, quando um helicóptero da Polícia Militar foi abatido por traficantes. "[Risco] vai ter sempre, nos países mais desenvolvidos vai ter, como já ocorreu", afirmou Tarso à Folha, ontem.
O ministro se reúne hoje com o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, em Zurique, para tratar do tema. Ele diz que foi o país que pediu a reunião, sem pressão da Fifa, que minimiza o problema também na África do Sul -sede em 2010. E diz que o Exército poderia ir às ruas no evento, como paliativo.
FOLHA - O que o sr. vai apresentar à Fifa amanhã [hoje]?
TARSO GENRO - As medidas que estamos tomando em relação a [Olimpíada de] 2016 e [à Copa do Mundo de] 2014, as medidas legais para apressar essa mudança de paradigma da segurança pública na reforma das polícias, na melhoria das condições salariais dos policiais. Queremos esse legado.
FOLHA - Quatro anos são suficientes para tanto?
TARSO - Para implementar a mudança sim, não para completá-la. Começamos há um ano e meio, quando foi aprovada pelo Congresso Nacional a legislação do Pronasci [Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania]. Dobramos os recursos do Ministério da Justiça com segurança e começamos a trabalhar com os Estados. Temos condição de chegar em 2016, 2014 em trânsito, com o paradigma mudado. A realização de um evento desse tipo não é problema, pois se eu ponho o Exército nos pontos estratégicos, se dobro o tempo dos policiais, você dá segurança, como ocorreu no Pan [de 2007, no Rio de Janeiro].
FOLHA - Mas sempre há risco de um incidente como foi...
TARSO - Sim, mas isso vai ter sempre, nos países mais desenvolvidos vai ter, como já ocorreu. Os riscos vão existir sempre. O que nós queremos dessa feita é, com esses compromissos, utilizá-los também para o sistema de segurança pública do país para quando terminar a Olimpíada não voltar como antes, e seguir num grau de segurança cada vez mais aperfeiçoado. Isso será o trabalho de três governos. Acreditamos que o caminho está dado. Tanto que, quando apresentamos nosso anteprojeto da Olimpíada, a questão da segurança pública quase saiu da pauta. Eles aceitaram nossa proposta.
FOLHA - E agora, que questionamentos a Fifa tem feito? Há o modo como a mídia internacional tratou o helicóptero...
TARSO - São mais da segurança dos estádios. Na questão da cidade não há um questionamento, porque a experiência do Pan foi muito boa. Eles estão preocupados com a reforma dos estádios, com a integração dos diversos órgãos de segurança com estruturas de direção da Copa. O pessoal da Copa não tem colocado essa questão para nós como impeditiva. Eles sempre reconheceram os esforços do país.
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segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Contra "hooligans", PF se articula com polícias do exterior
Embaixadas brasileiras serão orientadas a dificultar visto para torcedores violentos que quiserem vir à Copa de 2014
Ricardo Teixeira usa dados do Pan como argumento para não se preocupar com possíveis ações de violência durante o Mundial do Brasil
ANDRÉA MICHAEL, FLÁVIO FERREIRA, ENVIADOS A FORTALEZA
Folha de São Paulo, sábado, 07 de novembro de 2009
Os principais alvos das ações de segurança na Copa do Mundo do Brasil, em 2014, serão os torcedores violentos. A Polícia Federal vai se articular com suas correspondentes internacionais para mapeá-los.
As embaixadas e os consulados brasileiros, interligados em rede com o Itamaraty, serão orientados a evitar a concessão de visto para este tipo de torcedor. Os que embarcarem terão seus passos monitorados, um modelo testado e bem-sucedido nos jogos do Mundial da Alemanha, há três anos.
Já está em curso, internamente, um mapeamento para identificar torcedores violentos, que deixaram suas "marcas" durante os Estaduais e o Campeonato Brasileiro.
Esse será o público preferencial das ações de segurança durante a Copa de 2014, segundo disse ontem o diretor-geral da Polícia Federal, delegado Luiz Fernando Corrêa. Ele foi um dos participantes do debate de encerramento do 4º Congresso Nacional de Delegados de Polícia Federal, em Fortaleza (CE), que teve como tema ações de segurança em grandes eventos.
Com a experiência de quem coordenou a segurança nos Jogos Pan-Americanos, em 2007, Corrêa também entende como desafio para a Copa a necessidade de manter as cidades em movimento e, ao mesmo tempo, garantir a segurança para a realização dos jogos. "Isolar é perder o espírito de competição. Não podemos trabalhar com a ideia de segregar ou ter áreas de isolamento."
Questionado sobre a situação de violência conflagrada no Rio de Janeiro e da ameaça dos traficantes contra as forças de segurança, Corrêa respondeu: "O tráfico não é um problema do Rio, é problema do mundo".
Quanto à solução do combate à violência, ele disse que as medidas estão sendo tomadas pelo secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, pelo "enfrentamento e não contenção, para empurrar com a barriga o problema".
Presente ao evento, o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira, declarou não estar preocupado com a segurança na Copa. Disse que, pelos resultados obtidos no Pan-Americano, de 2007, "quando o número de assaltos no Rio, se comparado ao que se tinha na rotina, foi quase a zero", o Brasil terá um bom desempenho.
Teixeira apresentou ontem números do aquecimento previsto para a economia, segundo uma pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
As expectativas para 2014, diz ele, são de injeção de R$ 155 bilhões na economia brasileira, geração de 18 milhões de empregos e incremento de 20% no número de turistas somente no ano da realização do Mundial.
Convidado a participar do painel, o policial alemão Bernd Manthey, que atuou durante 40 anos na polícia de Berlim e participou das equipes de segurança das Copas de Japão/Coreia do Sul, em 2002, e da Alemanha, disse que o fundamental, além do monitoramento dos torcedores violentos e da cooperação internacional, é desenvolver um trabalho coordenado entre as polícias do país, para que haja agilidade na circulação de informações.
Em entrevista à Folha, o policial alemão disse que, até 2014, "o Brasil deverá passar por um processo de pacificação", o que deverá se dar por meio de investimentos em projetos sociais que motivem a população a se engajar nos preparativos para a Copa, que envolvam os cidadãos com a ideia de serem anfitriões de um grande evento, que dever ocorrer como se fosse a realização de um sonho. "Isso não combina com a violência. É preciso fazer a motivação crescer para não dar espaço para a violência."
Manthey é contrário ao uso das Forças Armadas em ações de segurança nas ruas.
"As Forças Armadas e as polícias não devem estar em primeiro plano, muito visíveis para as pessoas, e, sim, bem preparadas, com estratégias para qualquer situação inusitada, porém sempre em segundo plano", disse o policial alemão.
Ricardo Teixeira usa dados do Pan como argumento para não se preocupar com possíveis ações de violência durante o Mundial do Brasil
ANDRÉA MICHAEL, FLÁVIO FERREIRA, ENVIADOS A FORTALEZA
Folha de São Paulo, sábado, 07 de novembro de 2009
Os principais alvos das ações de segurança na Copa do Mundo do Brasil, em 2014, serão os torcedores violentos. A Polícia Federal vai se articular com suas correspondentes internacionais para mapeá-los.
As embaixadas e os consulados brasileiros, interligados em rede com o Itamaraty, serão orientados a evitar a concessão de visto para este tipo de torcedor. Os que embarcarem terão seus passos monitorados, um modelo testado e bem-sucedido nos jogos do Mundial da Alemanha, há três anos.
Já está em curso, internamente, um mapeamento para identificar torcedores violentos, que deixaram suas "marcas" durante os Estaduais e o Campeonato Brasileiro.
Esse será o público preferencial das ações de segurança durante a Copa de 2014, segundo disse ontem o diretor-geral da Polícia Federal, delegado Luiz Fernando Corrêa. Ele foi um dos participantes do debate de encerramento do 4º Congresso Nacional de Delegados de Polícia Federal, em Fortaleza (CE), que teve como tema ações de segurança em grandes eventos.
Com a experiência de quem coordenou a segurança nos Jogos Pan-Americanos, em 2007, Corrêa também entende como desafio para a Copa a necessidade de manter as cidades em movimento e, ao mesmo tempo, garantir a segurança para a realização dos jogos. "Isolar é perder o espírito de competição. Não podemos trabalhar com a ideia de segregar ou ter áreas de isolamento."
Questionado sobre a situação de violência conflagrada no Rio de Janeiro e da ameaça dos traficantes contra as forças de segurança, Corrêa respondeu: "O tráfico não é um problema do Rio, é problema do mundo".
Quanto à solução do combate à violência, ele disse que as medidas estão sendo tomadas pelo secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, pelo "enfrentamento e não contenção, para empurrar com a barriga o problema".
Presente ao evento, o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira, declarou não estar preocupado com a segurança na Copa. Disse que, pelos resultados obtidos no Pan-Americano, de 2007, "quando o número de assaltos no Rio, se comparado ao que se tinha na rotina, foi quase a zero", o Brasil terá um bom desempenho.
Teixeira apresentou ontem números do aquecimento previsto para a economia, segundo uma pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
As expectativas para 2014, diz ele, são de injeção de R$ 155 bilhões na economia brasileira, geração de 18 milhões de empregos e incremento de 20% no número de turistas somente no ano da realização do Mundial.
Convidado a participar do painel, o policial alemão Bernd Manthey, que atuou durante 40 anos na polícia de Berlim e participou das equipes de segurança das Copas de Japão/Coreia do Sul, em 2002, e da Alemanha, disse que o fundamental, além do monitoramento dos torcedores violentos e da cooperação internacional, é desenvolver um trabalho coordenado entre as polícias do país, para que haja agilidade na circulação de informações.
Em entrevista à Folha, o policial alemão disse que, até 2014, "o Brasil deverá passar por um processo de pacificação", o que deverá se dar por meio de investimentos em projetos sociais que motivem a população a se engajar nos preparativos para a Copa, que envolvam os cidadãos com a ideia de serem anfitriões de um grande evento, que dever ocorrer como se fosse a realização de um sonho. "Isso não combina com a violência. É preciso fazer a motivação crescer para não dar espaço para a violência."
Manthey é contrário ao uso das Forças Armadas em ações de segurança nas ruas.
"As Forças Armadas e as polícias não devem estar em primeiro plano, muito visíveis para as pessoas, e, sim, bem preparadas, com estratégias para qualquer situação inusitada, porém sempre em segundo plano", disse o policial alemão.
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sexta-feira, 6 de novembro de 2009
"VAZIÃO": PLANO VISA ATRAIR MAIS TORCEDORES
Folha de São Paulo, quinta-feira, 05 de novembro de 2009
Para viabilizar o projeto de transformar o Engenhão em um "programa de família" será necessário substituir outro apelido: "Vazião". A dificuldade de acesso e e sensação de insegurança em jogos noturnos têm contribuído para a ausência de público. Para superar este desafio, o grupo pretende investir em divulgação e fazer promoções, como clube de fidelidade, TV via internet e licenciamento de produtos.
Para viabilizar o projeto de transformar o Engenhão em um "programa de família" será necessário substituir outro apelido: "Vazião". A dificuldade de acesso e e sensação de insegurança em jogos noturnos têm contribuído para a ausência de público. Para superar este desafio, o grupo pretende investir em divulgação e fazer promoções, como clube de fidelidade, TV via internet e licenciamento de produtos.
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Lucro irá ditar novo nome do Engenhão
Folha de São Paulo, quinta-feira, 05 de novembro de 2009
RAPHAEL GOMIDE, DA SUCURSAL DO RIO
Um novo projeto de exploração comercial e publicitária do Engenhão, na zona norte do Rio, pretende lucrar com o estádio abolindo o apelido consagrado popularmente.
Empresários, contratados há quatro meses pelo Botafogo, pretendem tornar viável e lucrativo o Engenhão. Luiz Calainho e Cristiano Pinto de Almeida preveem investimentos de R$ 20 milhões e exploração de receitas comerciais e publicitárias por dez anos.
O esquecimento do termo Engenhão é a meta e a condição fundamental da empreitada, cuja essência é a venda do nome do estádio a um patrocinador, que acrescenta sua marca ao logotipo "Stadium Rio".
O nome oficial, Estádio Olímpico Municipal João Havelange, será mantido, mas os autores da ideia torcem para que em pouco tempo os cariocas esqueçam o apelido.
O momento, com Copa do Mundo -o projeto prevê um centro de treinamento-, Copa das Confederações e Olimpíada nos próximos anos, é propício. O Maracanã, principal estádio do Rio, entra em obras por três anos, a partir de dezembro.
Os empresários estimam que o Engenhão, sob novo nome, venha a receber de 102 a 136 partidas de futebol em 2010, além de eventos de entretenimento, shows e festas, com público de 3 milhões anuais.
A empreitada espera obter um patrocinador principal em no máximo quatro meses, antes do início do Estadual. Essa empresa terá direito a outdoors -o principal de 45 m por 10 m- nas entradas e investimentos em propaganda. Há mais quatro cotas de publicidade.
No Estadual, só as lanchonetes de fast food estarão prontas. Serão oito empresas, no total de 24 lojas, além de ambulantes. Depois, o plano é ter três restaurantes panorâmicos, com vista para o campo, lojas, um centro médico, um CT, uma universidade e um drive-thru ao redor do estádio.
RAPHAEL GOMIDE, DA SUCURSAL DO RIO
Um novo projeto de exploração comercial e publicitária do Engenhão, na zona norte do Rio, pretende lucrar com o estádio abolindo o apelido consagrado popularmente.
Empresários, contratados há quatro meses pelo Botafogo, pretendem tornar viável e lucrativo o Engenhão. Luiz Calainho e Cristiano Pinto de Almeida preveem investimentos de R$ 20 milhões e exploração de receitas comerciais e publicitárias por dez anos.
O esquecimento do termo Engenhão é a meta e a condição fundamental da empreitada, cuja essência é a venda do nome do estádio a um patrocinador, que acrescenta sua marca ao logotipo "Stadium Rio".
O nome oficial, Estádio Olímpico Municipal João Havelange, será mantido, mas os autores da ideia torcem para que em pouco tempo os cariocas esqueçam o apelido.
O momento, com Copa do Mundo -o projeto prevê um centro de treinamento-, Copa das Confederações e Olimpíada nos próximos anos, é propício. O Maracanã, principal estádio do Rio, entra em obras por três anos, a partir de dezembro.
Os empresários estimam que o Engenhão, sob novo nome, venha a receber de 102 a 136 partidas de futebol em 2010, além de eventos de entretenimento, shows e festas, com público de 3 milhões anuais.
A empreitada espera obter um patrocinador principal em no máximo quatro meses, antes do início do Estadual. Essa empresa terá direito a outdoors -o principal de 45 m por 10 m- nas entradas e investimentos em propaganda. Há mais quatro cotas de publicidade.
No Estadual, só as lanchonetes de fast food estarão prontas. Serão oito empresas, no total de 24 lojas, além de ambulantes. Depois, o plano é ter três restaurantes panorâmicos, com vista para o campo, lojas, um centro médico, um CT, uma universidade e um drive-thru ao redor do estádio.
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segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Copa tem mais apoio que Olimpíada
Folha de São Paulo, domingo, 01 de novembro de 2009
Visibilidade internacional é maior argumento para os eventos, indica pesquisa com leitores da Folha
DA REDAÇÃO
Leitores da Folha apoiam as realizações da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016 no país. E, entre os dois eventos esportivos, a preferência é pelo torneio de futebol.
O Datafolha ouviu 350 leitores do jornal, na Grande São Paulo, entre 19 e 20 de outubro. A maioria considera a cobertura da Folha sobre os eventos ótima (80%) e "crítica na medida certa" -73% em relação à Copa, 67% no caso dos Jogos.
Entre os entrevistados, 99% afirmaram saber que a Copa de 2014 será no Brasil. Na última sexta, o anúncio da Fifa, oficializando o país como sede do Mundial, completou dois anos. Apesar de só ter sido confirmada há 30 dias, a Olimpíada no Rio é tema conhecido por 98%.
Quando a pergunta é sobre o apoio aos eventos, a Copa está bem à frente: 65% dizem ser a favor do torneio, que ocorrerá em 12 cidades. Pouco mais de um quarto, 28%, é contra.
Entre aqueles que se disseram favoráveis, 28% citaram como argumento o aumento da visibilidade internacional do Brasil. Para 27%, o principal ponto positivo será a entrada de investimentos e o desenvolvimento econômico do país.
Aqueles que se opõem ao Mundial apontam principalmente que faltam investimentos em outros setores (74%).
No caso da Olimpíada do Rio, levando-se em conta a margem de erro, de cinco pontos percentuais para mais ou para menos, as opiniões são mais divididas. Mostraram-se favoráveis 52% dos entrevistados. Disseram-se contrários 41%.
Os motivos para cada posicionamento, porém, são parecidos como os apresentados para a Copa. Entre aqueles que apoiam a realização dos Jogos, 25% apontam a questão do cartaz internacional como o maior benefício ao país. Para 22%, a geração de empregos é o principal trunfo. Para os contrários, a questão de priorizar outros investimentos também aparece na ponta: é citada por 46%.
Visibilidade internacional é maior argumento para os eventos, indica pesquisa com leitores da Folha
DA REDAÇÃO
Leitores da Folha apoiam as realizações da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016 no país. E, entre os dois eventos esportivos, a preferência é pelo torneio de futebol.
O Datafolha ouviu 350 leitores do jornal, na Grande São Paulo, entre 19 e 20 de outubro. A maioria considera a cobertura da Folha sobre os eventos ótima (80%) e "crítica na medida certa" -73% em relação à Copa, 67% no caso dos Jogos.
Entre os entrevistados, 99% afirmaram saber que a Copa de 2014 será no Brasil. Na última sexta, o anúncio da Fifa, oficializando o país como sede do Mundial, completou dois anos. Apesar de só ter sido confirmada há 30 dias, a Olimpíada no Rio é tema conhecido por 98%.
Quando a pergunta é sobre o apoio aos eventos, a Copa está bem à frente: 65% dizem ser a favor do torneio, que ocorrerá em 12 cidades. Pouco mais de um quarto, 28%, é contra.
Entre aqueles que se disseram favoráveis, 28% citaram como argumento o aumento da visibilidade internacional do Brasil. Para 27%, o principal ponto positivo será a entrada de investimentos e o desenvolvimento econômico do país.
Aqueles que se opõem ao Mundial apontam principalmente que faltam investimentos em outros setores (74%).
No caso da Olimpíada do Rio, levando-se em conta a margem de erro, de cinco pontos percentuais para mais ou para menos, as opiniões são mais divididas. Mostraram-se favoráveis 52% dos entrevistados. Disseram-se contrários 41%.
Os motivos para cada posicionamento, porém, são parecidos como os apresentados para a Copa. Entre aqueles que apoiam a realização dos Jogos, 25% apontam a questão do cartaz internacional como o maior benefício ao país. Para 22%, a geração de empregos é o principal trunfo. Para os contrários, a questão de priorizar outros investimentos também aparece na ponta: é citada por 46%.
Copa do Mundo, planejamento e fiscalização
TENDÊNCIAS/DEBATES
SÍLVIO TORRES
Folha de São Paulo, domingo, 01 de novembro de 2009
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Cuidar de grandes eventos requer planejamento. Algo que o governo federal, em relação à Copa do Mundo, desprezou
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A CAPTAÇÃO pelo Brasil dos dois maiores eventos da indústria mundial do entretenimento -a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos- representa a conquista de uma importante ferramenta de desenvolvimento socioeconômico, na medida em que hospedar grandes festivais possibilita a captação de maiores fluxos turísticos internacionais, a internalização de dinheiro novo, a geração de emprego, a realização de indispensáveis obras de infraestrutura.
Trata-se de um grande legado em benefício dos diversos segmentos que conformam a sociedade nacional. Ao longo dos próximos sete anos, os três níveis de governo diretamente comprometidos com a organização da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016 desembolsarão na organização das duas competições volumes bilionários de recursos da sociedade.
O montante é estimado, hoje, em R$ 130 bilhões -um dinheiro que será empregado, por exemplo, em transporte rodoviário, metroviário e ferroviário, mobilidade urbana, saneamento básico, logística e infraestrutura aeroportuária. Atender essas necessidades, abrangentes em excesso, requer, obrigatoriamente, planejamento. A curto, médio e longo prazos. Hábito que o governo federal, em relação à Copa do Mundo, desprezou.
E isso apesar de tempo ter-lhe sido oferecido. Afinal, quando a Fifa estabeleceu o sistema de rodízio para garantir a realização da Copa nos continentes africano e sul-americano, a vitória da candidatura brasileira estava assegurada.
Em vez, no entanto, de utilizar o confortável lapso de tempo para elaborar um projeto capaz de garantir uma organização semelhante à dos Jogos Olímpicos de Londres -que em maio estava com nove semanas e meia de adiantamento em relação ao cronograma de trabalho-, os responsáveis pela Copa de 2014 descuidaram dessa obrigação.
A inação gerou o preocupante sentimento de que a organização da Copa do Mundo de 2014 se espelharia na triste herança dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Uma história que está, ainda, a ser investigada pelo Tribunal de Contas da União. E que, pelo desperdício de dinheiro público que a caracterizou, não pode repetir-se.
Por isso, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados deu à luz a Subcomissão da Copa de 2014. A subcomissão recebeu a singela tarefa de garantir que as despesas do governo sejam pautadas pelos comandos legais que regulam licitações e contratos da administração pública, para assegurar que a utilização do dinheiro do contribuinte ocorra de forma transparente.
Entre a instalação da subcomissão e o momento, ficou evidente que, em virtude de ter sido transferida ao governo federal a responsabilidade de viabilizar a esmagadora maioria das obras do mundial no Brasil, inclusive a construção e a reforma dos estádios, impunha-se promover uma fiscalização preventiva. Crença que não poderia se restringir ao mero discurso de boas intenções.
Assim, para dar-lhe vida, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle propôs a criação de uma rede de fiscalização inédita. Integrada pelo Tribunal de Contas da União e pelos tribunais de contas dos Estados e das cidades-sede, a rede nasceu não apenas para fiscalizar e controlar os gastos públicos mas também para assegurar à sociedade o direito de conhecer como será gasto o seu dinheiro.
Isso poderá ser feito a partir de dezembro, quando será implantado, na internet, um portal que dará publicidade aos contratos, à execução físico-financeira e aos relatórios dos fiscais dos contratos e dos convênios. Como a cultura da fiscalização e do controle dos gastos públicos causa desagrado aos que são objeto das ações dos entes responsáveis por resguardar as despesas públicas, que engendram subterfúgios para fugir às suas responsabilidades, os integrantes da rede concluíram pela necessidade de submeter os organizadores dos eventos à obrigatoriedade de dar publicidade, por intermédio do portal, a todas as informações, todos os dados e documentos relativos à execução das ações sob sua responsabilidade.
Sob pena, em caso de descumprimento, de interrupção sumária da liberação de recursos. Sejam eles da União ou do BNDES.
Ante a inexistência de um mandato com essa abrangência, apresentei, no dia 21 de outubro, projeto de lei com tal finalidade. O que, naturais e esperadas reações à parte, em nada comprometerá a organização da Copa do Mundo e da Olimpíada.
Mas que, em vigor, evitará que os responsáveis pela preservação dos recursos da sociedade tenham que, uma vez contabilizado o prejuízo, empenhar-se em uma inútil cruzada de sucesso impossível.
SÍLVIO TORRES, deputado federal pelo PSDB-SP, é presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.
SÍLVIO TORRES
Folha de São Paulo, domingo, 01 de novembro de 2009
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Cuidar de grandes eventos requer planejamento. Algo que o governo federal, em relação à Copa do Mundo, desprezou
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A CAPTAÇÃO pelo Brasil dos dois maiores eventos da indústria mundial do entretenimento -a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos- representa a conquista de uma importante ferramenta de desenvolvimento socioeconômico, na medida em que hospedar grandes festivais possibilita a captação de maiores fluxos turísticos internacionais, a internalização de dinheiro novo, a geração de emprego, a realização de indispensáveis obras de infraestrutura.
Trata-se de um grande legado em benefício dos diversos segmentos que conformam a sociedade nacional. Ao longo dos próximos sete anos, os três níveis de governo diretamente comprometidos com a organização da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016 desembolsarão na organização das duas competições volumes bilionários de recursos da sociedade.
O montante é estimado, hoje, em R$ 130 bilhões -um dinheiro que será empregado, por exemplo, em transporte rodoviário, metroviário e ferroviário, mobilidade urbana, saneamento básico, logística e infraestrutura aeroportuária. Atender essas necessidades, abrangentes em excesso, requer, obrigatoriamente, planejamento. A curto, médio e longo prazos. Hábito que o governo federal, em relação à Copa do Mundo, desprezou.
E isso apesar de tempo ter-lhe sido oferecido. Afinal, quando a Fifa estabeleceu o sistema de rodízio para garantir a realização da Copa nos continentes africano e sul-americano, a vitória da candidatura brasileira estava assegurada.
Em vez, no entanto, de utilizar o confortável lapso de tempo para elaborar um projeto capaz de garantir uma organização semelhante à dos Jogos Olímpicos de Londres -que em maio estava com nove semanas e meia de adiantamento em relação ao cronograma de trabalho-, os responsáveis pela Copa de 2014 descuidaram dessa obrigação.
A inação gerou o preocupante sentimento de que a organização da Copa do Mundo de 2014 se espelharia na triste herança dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Uma história que está, ainda, a ser investigada pelo Tribunal de Contas da União. E que, pelo desperdício de dinheiro público que a caracterizou, não pode repetir-se.
Por isso, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados deu à luz a Subcomissão da Copa de 2014. A subcomissão recebeu a singela tarefa de garantir que as despesas do governo sejam pautadas pelos comandos legais que regulam licitações e contratos da administração pública, para assegurar que a utilização do dinheiro do contribuinte ocorra de forma transparente.
Entre a instalação da subcomissão e o momento, ficou evidente que, em virtude de ter sido transferida ao governo federal a responsabilidade de viabilizar a esmagadora maioria das obras do mundial no Brasil, inclusive a construção e a reforma dos estádios, impunha-se promover uma fiscalização preventiva. Crença que não poderia se restringir ao mero discurso de boas intenções.
Assim, para dar-lhe vida, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle propôs a criação de uma rede de fiscalização inédita. Integrada pelo Tribunal de Contas da União e pelos tribunais de contas dos Estados e das cidades-sede, a rede nasceu não apenas para fiscalizar e controlar os gastos públicos mas também para assegurar à sociedade o direito de conhecer como será gasto o seu dinheiro.
Isso poderá ser feito a partir de dezembro, quando será implantado, na internet, um portal que dará publicidade aos contratos, à execução físico-financeira e aos relatórios dos fiscais dos contratos e dos convênios. Como a cultura da fiscalização e do controle dos gastos públicos causa desagrado aos que são objeto das ações dos entes responsáveis por resguardar as despesas públicas, que engendram subterfúgios para fugir às suas responsabilidades, os integrantes da rede concluíram pela necessidade de submeter os organizadores dos eventos à obrigatoriedade de dar publicidade, por intermédio do portal, a todas as informações, todos os dados e documentos relativos à execução das ações sob sua responsabilidade.
Sob pena, em caso de descumprimento, de interrupção sumária da liberação de recursos. Sejam eles da União ou do BNDES.
Ante a inexistência de um mandato com essa abrangência, apresentei, no dia 21 de outubro, projeto de lei com tal finalidade. O que, naturais e esperadas reações à parte, em nada comprometerá a organização da Copa do Mundo e da Olimpíada.
Mas que, em vigor, evitará que os responsáveis pela preservação dos recursos da sociedade tenham que, uma vez contabilizado o prejuízo, empenhar-se em uma inútil cruzada de sucesso impossível.
SÍLVIO TORRES, deputado federal pelo PSDB-SP, é presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.
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Mais antenada, Fifa espalha Fan Fests no mundo
Folha de São Paulo, domingo, 01 de novembro de 2009
DA REPORTAGEM LOCAL
Mais atenta às inovações tecnológicas do que o COI, a Fifa expandirá as Fan Fests, espaços com telões e infraestrutura semelhante à de estádios, para além das fronteiras da próxima sede da Copa, a África do Sul.
Além das nove sedes sul-africanas, outras seis cidades espalhadas pelo mundo receberão o evento: Rio, Roma, Londres, Paris, Berlim e Sydney.
Em 2006, no Mundial da Alemanha, cerca de 18 milhões de pessoas acompanharam os jogos ao vivo em telões distribuídos por 12 cidades no país. O público presente nas Fan Fests foi seis vezes maior do que o que assistiu às partidas nas arquibancadas dos estádios.
O COI já planeja promover um evento similar na Olimpíada de Londres, em 2012.
"Já teve [transmissão em telas gigantes] em Pequim no corredor olímpico. Mas não funcionou muito bem, não atraiu tanta gente. Foi mais um teste", comenta Félix Alvarez, vice de operações da IMG, empresa de marketing do COI.
"Agora, em Londres, creio que será mais eficiente, e devem ser instalados em vários pontos, como Trafalgar Square, a Ponte de Londres, etc", diz o executivo, enumerando pontos turísticos da capital inglesa.
Sean Jefferson, consultor da WPP, maior grupo de agências de publicidade do mundo, questiona se a transposição do modelo da Fifa pode ser aplicado com sucesso na Olimpíada.
"A vantagem da Copa é que, na Fan Fest, a multidão se reúne nos 90 minutos de um jogo e algumas horas antes para socializar", aponta Jefferson.
"Já os telões olímpicos devem se focar em eventos pontuais e dar flexibilidade para as pessoas entrarem e saírem. Isso pode dar certo para competições como a final do basquete ou dos 100 m, mas e o resto dos eventos? Como serão acompanhados pela multidão?"
Outro ponto que demonstra o quanto a Fifa se adapta melhor às inovações é o fato de que, na Copa de 2010, haverá pela primeira vez a transmissão ao vivo em celulares. Segundo a entidade, os vídeos serão produzidos especificamente para telas pequenas, sem imagens panorâmicas que tornem os jogadores muito pequenos.
Além disso, a Fifa produzirá conteúdo exclusivo para celulares em diversos idiomas de acordo com o cliente. (EO E MB)
DA REPORTAGEM LOCAL
Mais atenta às inovações tecnológicas do que o COI, a Fifa expandirá as Fan Fests, espaços com telões e infraestrutura semelhante à de estádios, para além das fronteiras da próxima sede da Copa, a África do Sul.
Além das nove sedes sul-africanas, outras seis cidades espalhadas pelo mundo receberão o evento: Rio, Roma, Londres, Paris, Berlim e Sydney.
Em 2006, no Mundial da Alemanha, cerca de 18 milhões de pessoas acompanharam os jogos ao vivo em telões distribuídos por 12 cidades no país. O público presente nas Fan Fests foi seis vezes maior do que o que assistiu às partidas nas arquibancadas dos estádios.
O COI já planeja promover um evento similar na Olimpíada de Londres, em 2012.
"Já teve [transmissão em telas gigantes] em Pequim no corredor olímpico. Mas não funcionou muito bem, não atraiu tanta gente. Foi mais um teste", comenta Félix Alvarez, vice de operações da IMG, empresa de marketing do COI.
"Agora, em Londres, creio que será mais eficiente, e devem ser instalados em vários pontos, como Trafalgar Square, a Ponte de Londres, etc", diz o executivo, enumerando pontos turísticos da capital inglesa.
Sean Jefferson, consultor da WPP, maior grupo de agências de publicidade do mundo, questiona se a transposição do modelo da Fifa pode ser aplicado com sucesso na Olimpíada.
"A vantagem da Copa é que, na Fan Fest, a multidão se reúne nos 90 minutos de um jogo e algumas horas antes para socializar", aponta Jefferson.
"Já os telões olímpicos devem se focar em eventos pontuais e dar flexibilidade para as pessoas entrarem e saírem. Isso pode dar certo para competições como a final do basquete ou dos 100 m, mas e o resto dos eventos? Como serão acompanhados pela multidão?"
Outro ponto que demonstra o quanto a Fifa se adapta melhor às inovações é o fato de que, na Copa de 2010, haverá pela primeira vez a transmissão ao vivo em celulares. Segundo a entidade, os vídeos serão produzidos especificamente para telas pequenas, sem imagens panorâmicas que tornem os jogadores muito pequenos.
Além disso, a Fifa produzirá conteúdo exclusivo para celulares em diversos idiomas de acordo com o cliente. (EO E MB)
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O triunfo olímpico e a ironia internacional
TENDÊNCIAS/DEBATES
MATTHIAS S. FIFKA
Folha de São Paulo, domingo, 01 de novembro de 2009
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Na cabeça europeia, o lado ensolarado do Brasil tinha nítida ascendência sobre seu lado mais sombrio. Até agora
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QUANDO QUESTIONADOS sobre o que associam ao Brasil, a maioria dos europeus provavelmente mencionará velhos clichês como futebol, samba, caipirinha, sol e praia. A visão dominante que se tem do Brasil no velho mundo é positiva, e os europeus tendem a enxergar os brasileiros como um povo feliz, que curte a vida.
Com certeza os aspectos menos alegres -manifestados na pobreza, na criminalidade organizada ou nas intermináveis favelas- são conhecidos de muitos europeus, e filmes como "Cidade de Deus" intensificaram a consciência desses problemas. Na cabeça europeia, porém, o lado ensolarado do Brasil tinha nítida ascendência sobre seu lado mais sombrio -até agora.
Ironicamente, essa imagem positiva pode estar mudando com a escolha do Rio de Janeiro para sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Em questão de poucos dias, a cobertura do Brasil feita por jornais e televisões da Europa se tornou muito mais crítica do que era até então.
No passado, tratar de problemas políticos e sociais brasileiros era algo que se limitava a ocasionais documentários na televisão ou em jornais. Agora, contudo, entrou para o cardápio da mídia diária, a grande formadora da opinião pública. Essa mudança é mais bem exemplificada pelo incidente recente em que um helicóptero da polícia foi abatido por traficantes de drogas no Rio.
Um mês atrás, um incidente desse tipo teria recebido no máximo uma nota curta nos maiores jornais europeus. Hoje, após a seleção do Rio para sediar a Olimpíada, ele vem dominando os jornais noturnos da televisão, fazendo manchetes em jornais nacionais e até mesmo jornais regionais e locais vêm divulgando o ataque.
Argumentar que essa mudança na cobertura da mídia internacional não tem importância para o Brasil seria dar provas de miopia.
O turismo, os investimentos estrangeiros diretos e a visão geral do Brasil como ator cada vez mais importante no palco diplomático mundial -para mencionar só alguns poucos aspectos- são influenciados por essa cobertura em grau importante.
Quem quereria visitar os Jogos Olímpicos ou investir em uma cidade que só chega aos noticiários por causa da criminalidade e da violência?
Até que ponto é digno de crédito um país que se tornou defensor da paz e cooperação internacionais, se ele não consegue garantir a segurança e o bem-estar de seus cidadãos?
Guardando tudo isso em mente, o impacto dessa cobertura mais crítica será uma faca de dois gumes. Ele vai pressionar as autoridades brasileiras a enfrentar os problemas maiores de modo mais ativo e intensivo, para evitar o declínio de sua reputação fora do país e as consequências econômicas e políticas fatalmente vinculadas a ele.
Ao mesmo tempo em que isso é sem dúvida positivo e pode levar a reformas substanciais, cria um fardo pesado para o Brasil. Seria ignorância imaginar que as organizações criminosas não têm consciência do fato de que a cobertura intensificada da mídia lhes proporcionou maior influência.
Cada crime cometido e que é divulgado pela mídia estrangeira contribui para uma imagem negativa do Brasil no exterior, algo que as autoridades vão querer evitar a qualquer custo. Logo, tudo indica que "acordos de paz" secretos com organizações criminosas serão uma consequência indesejável, mas provável.
O fato de que tanto brasileiros quanto europeus estão agora se perguntando se o Rio de Janeiro teria sido escolhido para sediar os Jogos Olímpicos se os ataques tivessem ocorrido uma semana antes da seleção final reflete a força real das dúvidas -dúvidas como saber se o Rio vai conseguir sediar pacificamente o evento mais visto do mundo.
Dessa vez, porém, o caminho que vai conduzir à Olimpíada pode receber tanta atenção quanto os próprios Jogos Olímpicos. É inevitável que novos ataques trágicos desferidos por organizações criminosas no Rio ocorram até 2016, e os europeus estarão assistindo a tudo.
Mas a ironia mais trágica de todas seria se o jornalismo sensacionalista internacional acabasse beneficiando bandidos e, com isso, dificultasse ainda mais a preparação de Jogos Olímpicos pacíficos.
MATTHIAS S. FIFKA, 35, é professor de economia e política internacional na Universidade Erlangen-Nuremberg (Alemanha) e vice-diretor do Instituto Germano- Americano.
Tradução de Clara Allain.
MATTHIAS S. FIFKA
Folha de São Paulo, domingo, 01 de novembro de 2009
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Na cabeça europeia, o lado ensolarado do Brasil tinha nítida ascendência sobre seu lado mais sombrio. Até agora
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QUANDO QUESTIONADOS sobre o que associam ao Brasil, a maioria dos europeus provavelmente mencionará velhos clichês como futebol, samba, caipirinha, sol e praia. A visão dominante que se tem do Brasil no velho mundo é positiva, e os europeus tendem a enxergar os brasileiros como um povo feliz, que curte a vida.
Com certeza os aspectos menos alegres -manifestados na pobreza, na criminalidade organizada ou nas intermináveis favelas- são conhecidos de muitos europeus, e filmes como "Cidade de Deus" intensificaram a consciência desses problemas. Na cabeça europeia, porém, o lado ensolarado do Brasil tinha nítida ascendência sobre seu lado mais sombrio -até agora.
Ironicamente, essa imagem positiva pode estar mudando com a escolha do Rio de Janeiro para sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Em questão de poucos dias, a cobertura do Brasil feita por jornais e televisões da Europa se tornou muito mais crítica do que era até então.
No passado, tratar de problemas políticos e sociais brasileiros era algo que se limitava a ocasionais documentários na televisão ou em jornais. Agora, contudo, entrou para o cardápio da mídia diária, a grande formadora da opinião pública. Essa mudança é mais bem exemplificada pelo incidente recente em que um helicóptero da polícia foi abatido por traficantes de drogas no Rio.
Um mês atrás, um incidente desse tipo teria recebido no máximo uma nota curta nos maiores jornais europeus. Hoje, após a seleção do Rio para sediar a Olimpíada, ele vem dominando os jornais noturnos da televisão, fazendo manchetes em jornais nacionais e até mesmo jornais regionais e locais vêm divulgando o ataque.
Argumentar que essa mudança na cobertura da mídia internacional não tem importância para o Brasil seria dar provas de miopia.
O turismo, os investimentos estrangeiros diretos e a visão geral do Brasil como ator cada vez mais importante no palco diplomático mundial -para mencionar só alguns poucos aspectos- são influenciados por essa cobertura em grau importante.
Quem quereria visitar os Jogos Olímpicos ou investir em uma cidade que só chega aos noticiários por causa da criminalidade e da violência?
Até que ponto é digno de crédito um país que se tornou defensor da paz e cooperação internacionais, se ele não consegue garantir a segurança e o bem-estar de seus cidadãos?
Guardando tudo isso em mente, o impacto dessa cobertura mais crítica será uma faca de dois gumes. Ele vai pressionar as autoridades brasileiras a enfrentar os problemas maiores de modo mais ativo e intensivo, para evitar o declínio de sua reputação fora do país e as consequências econômicas e políticas fatalmente vinculadas a ele.
Ao mesmo tempo em que isso é sem dúvida positivo e pode levar a reformas substanciais, cria um fardo pesado para o Brasil. Seria ignorância imaginar que as organizações criminosas não têm consciência do fato de que a cobertura intensificada da mídia lhes proporcionou maior influência.
Cada crime cometido e que é divulgado pela mídia estrangeira contribui para uma imagem negativa do Brasil no exterior, algo que as autoridades vão querer evitar a qualquer custo. Logo, tudo indica que "acordos de paz" secretos com organizações criminosas serão uma consequência indesejável, mas provável.
O fato de que tanto brasileiros quanto europeus estão agora se perguntando se o Rio de Janeiro teria sido escolhido para sediar os Jogos Olímpicos se os ataques tivessem ocorrido uma semana antes da seleção final reflete a força real das dúvidas -dúvidas como saber se o Rio vai conseguir sediar pacificamente o evento mais visto do mundo.
Dessa vez, porém, o caminho que vai conduzir à Olimpíada pode receber tanta atenção quanto os próprios Jogos Olímpicos. É inevitável que novos ataques trágicos desferidos por organizações criminosas no Rio ocorram até 2016, e os europeus estarão assistindo a tudo.
Mas a ironia mais trágica de todas seria se o jornalismo sensacionalista internacional acabasse beneficiando bandidos e, com isso, dificultasse ainda mais a preparação de Jogos Olímpicos pacíficos.
MATTHIAS S. FIFKA, 35, é professor de economia e política internacional na Universidade Erlangen-Nuremberg (Alemanha) e vice-diretor do Instituto Germano- Americano.
Tradução de Clara Allain.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Governo libera R$ 400 milhões para estádios da Copa 2014
DCI, 28/out
Uma linha de crédito de R$ 400 milhões por unidade será disponibilizada para reforma e construção de estádios nas cidades que serão sede de jogos da Copa do Mundo de 2014. O financiamento será válido tanto para estádios públicos quanto privados. As obras deverão incluir questões relativas acessibilidade nos arredores dos estádios.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá financiar até 75% do custo da obra, sendo o teto máximo de R$ 400 milhões. O prazo de carência nas operações será de três anos, e os tomadores terão 12 anos para quitar a dívida. Será cobrada a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) mais 1,9% ao ano nas operações.
Segundo o ministro do Esporte, Orlando Silva, o modelo de financiamento será apresentado para aprovação na próxima quinta-feira em reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Em reunião realizada ontem entre ministros e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram discutidos também os projetos de mobilidade urbana apresentados pelas 12 cidades onde haverá jogos da Copa do Mundo.
De acordo com Orlando Silva, o presidente determinou que seja organizada uma reunião com representantes das cidades para fechar acordos específicos. Nos próximos dias, deve haver uma decisão, política agora, com governadores e prefeitos sobre as propostas que eles apresentaram, informou o ministro.
Meirelles
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, reafirmou ontem que o governo brasileiro foi rápido na adoção de medidas para enfrentar a crise econômica internacional. Em especial na área do BC, que liberou quase US$ 100 bilhões do compulsório bancário, vendeu US$ 14,5 bilhões no mercado vista e promoveu leilões de mais US$ 33 bilhões em swaps cambiais (contratos de trocas de ativos).
Meirelles ressaltou que o Brasil entrou na crise financeira internacional, em setembro de 2008, com fundamentos macroeconômicos sólidos, o que possibilitou ao País enfrentar as turbulências econômicas em melhores condições econômicas do que a maioria dos países emergentes.
As afirmações foram feitas durante reunião com a bancada do PMDB na Câmara. Meirelles foi saudado pelo líder do partido na Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB-RN). Recentemente, Meirelles se filiou ao partido, e deve disputar a eleição para o governo de Goiás em 2010.
A Copa do Mundo de 2014, que vai ser disputada no Brasil, já começa a se tornar realidade para a economia brasileira. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou ontem recursos para reforma ou construção de estádios, via linha de crédito especial que terá teto de R$ 400 milhões para cada estádio. A instituição poderá financiar até 75% do valor total da obra, e cobrará uma taxa formada pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), atualmente em 6,25% ao ano, mais um adicional de 1,9% anuais. Os tomadores terão prazo de carência de três anos, mais 12 anos para quitar a dívida.
Gigantes do setor de infraestrutura, como construtora Norberto Odebrecht, Camargo Corrêa, Voith Siemens e Engevix, estão com planos prontos e só aguardam que o governo defina a modelagem dos projetos para a Copa, dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, para participar da disputada verba superior a R$ 90 bilhões que deverá ser liberada até o final do ano.
A Odebrecht afirma estar de olho na licitação para a adequação dos estádios Fonte Nova (Salvador-BA) e Olinda-Arena (Recife-PE) para a Copa. "O futuro vai depender da definição que o governo der ao modelo a ser adotado para o setor privado nestes projetos", diz Luiz Roberto Chagas, diretor da Odebrecht.
Já os fabricantes de máquinas para construção estão de olho no volume adicional de equipamentos que será demandado para as obras de preparação para a Copa do Mundo e das Olimpíadas de 2016. A Case, do Grupo Fiat, vê o próximo ano com muito otimismo, não só pelas projeções para os eventos esportivos, mas por conta do ano eleitoral. "Historicamente, há um incremento nesse período", afirmou ao DCI o diretor comercial da Case, Roque Reis. Em uma estimativa conservadora, a fabricante aguarda alta entre 15% e 20%. Depois de 2010, a expectativa é de que as obras nas cidades-sede da Copa se intensifiquem. Segundo cálculo preliminar do diretor da Case, a cada R$ 1 investido, estima-se que de R$ 0,15 a R$ 0,20 serão em equipamentos.
O presidente da Volvo Construction Equipment para a América Latina, Yoshio Kawakami, também afirma que a movimentação de mercado já existe, o que traz boas perspectivas para o setor. "Essa movimentação deverá ser maior a partir do próximo ano", disse. A maior expectativa no momento é sobre os projetos que serão lançados em 2010.
As empresas esperam também o anúncio das diretrizes para um modelo de concessão dos principais aeroportos do País. A expectativa é de que a definição saia nas próximas semanas. O setor de energia também chama a atenção das construtoras. A Usina de Belo Monte, no Pará, por exemplo, é um projeto que deve custar R$ 16 bilhões.
Operadoras de energia, e até os clubes de futebol, também já começaram seu planejamento financeiro para os investimentos que serão necessários para sediar a Copa daqui a cinco anos.
Uma linha de crédito de R$ 400 milhões por unidade será disponibilizada para reforma e construção de estádios nas cidades que serão sede de jogos da Copa do Mundo de 2014. O financiamento será válido tanto para estádios públicos quanto privados. As obras deverão incluir questões relativas acessibilidade nos arredores dos estádios.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá financiar até 75% do custo da obra, sendo o teto máximo de R$ 400 milhões. O prazo de carência nas operações será de três anos, e os tomadores terão 12 anos para quitar a dívida. Será cobrada a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) mais 1,9% ao ano nas operações.
Segundo o ministro do Esporte, Orlando Silva, o modelo de financiamento será apresentado para aprovação na próxima quinta-feira em reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Em reunião realizada ontem entre ministros e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram discutidos também os projetos de mobilidade urbana apresentados pelas 12 cidades onde haverá jogos da Copa do Mundo.
De acordo com Orlando Silva, o presidente determinou que seja organizada uma reunião com representantes das cidades para fechar acordos específicos. Nos próximos dias, deve haver uma decisão, política agora, com governadores e prefeitos sobre as propostas que eles apresentaram, informou o ministro.
Meirelles
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, reafirmou ontem que o governo brasileiro foi rápido na adoção de medidas para enfrentar a crise econômica internacional. Em especial na área do BC, que liberou quase US$ 100 bilhões do compulsório bancário, vendeu US$ 14,5 bilhões no mercado vista e promoveu leilões de mais US$ 33 bilhões em swaps cambiais (contratos de trocas de ativos).
Meirelles ressaltou que o Brasil entrou na crise financeira internacional, em setembro de 2008, com fundamentos macroeconômicos sólidos, o que possibilitou ao País enfrentar as turbulências econômicas em melhores condições econômicas do que a maioria dos países emergentes.
As afirmações foram feitas durante reunião com a bancada do PMDB na Câmara. Meirelles foi saudado pelo líder do partido na Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB-RN). Recentemente, Meirelles se filiou ao partido, e deve disputar a eleição para o governo de Goiás em 2010.
A Copa do Mundo de 2014, que vai ser disputada no Brasil, já começa a se tornar realidade para a economia brasileira. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou ontem recursos para reforma ou construção de estádios, via linha de crédito especial que terá teto de R$ 400 milhões para cada estádio. A instituição poderá financiar até 75% do valor total da obra, e cobrará uma taxa formada pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), atualmente em 6,25% ao ano, mais um adicional de 1,9% anuais. Os tomadores terão prazo de carência de três anos, mais 12 anos para quitar a dívida.
Gigantes do setor de infraestrutura, como construtora Norberto Odebrecht, Camargo Corrêa, Voith Siemens e Engevix, estão com planos prontos e só aguardam que o governo defina a modelagem dos projetos para a Copa, dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, para participar da disputada verba superior a R$ 90 bilhões que deverá ser liberada até o final do ano.
A Odebrecht afirma estar de olho na licitação para a adequação dos estádios Fonte Nova (Salvador-BA) e Olinda-Arena (Recife-PE) para a Copa. "O futuro vai depender da definição que o governo der ao modelo a ser adotado para o setor privado nestes projetos", diz Luiz Roberto Chagas, diretor da Odebrecht.
Já os fabricantes de máquinas para construção estão de olho no volume adicional de equipamentos que será demandado para as obras de preparação para a Copa do Mundo e das Olimpíadas de 2016. A Case, do Grupo Fiat, vê o próximo ano com muito otimismo, não só pelas projeções para os eventos esportivos, mas por conta do ano eleitoral. "Historicamente, há um incremento nesse período", afirmou ao DCI o diretor comercial da Case, Roque Reis. Em uma estimativa conservadora, a fabricante aguarda alta entre 15% e 20%. Depois de 2010, a expectativa é de que as obras nas cidades-sede da Copa se intensifiquem. Segundo cálculo preliminar do diretor da Case, a cada R$ 1 investido, estima-se que de R$ 0,15 a R$ 0,20 serão em equipamentos.
O presidente da Volvo Construction Equipment para a América Latina, Yoshio Kawakami, também afirma que a movimentação de mercado já existe, o que traz boas perspectivas para o setor. "Essa movimentação deverá ser maior a partir do próximo ano", disse. A maior expectativa no momento é sobre os projetos que serão lançados em 2010.
As empresas esperam também o anúncio das diretrizes para um modelo de concessão dos principais aeroportos do País. A expectativa é de que a definição saia nas próximas semanas. O setor de energia também chama a atenção das construtoras. A Usina de Belo Monte, no Pará, por exemplo, é um projeto que deve custar R$ 16 bilhões.
Operadoras de energia, e até os clubes de futebol, também já começaram seu planejamento financeiro para os investimentos que serão necessários para sediar a Copa daqui a cinco anos.
terça-feira, 21 de julho de 2009
A HIGIENIZAÇÃO DOS ESTÁDIOS
28/04/2008
http://hisbrasil.blogspot.com/2008/04/higienizao-dos-estdios.html
Ativistas políticos estão sugerindo um boicote aos jogos olímpicos de Pequim. A causa é politicamente correta. Eu vou boicotar o campeonato brasileiro de futebol de 2008. A causa é, graças aos deuses, tremendamente incorreta: a CBF anunciou a proibição da venda de bebidas alcoólicas nos estádios. Não vou aos jogos sem cerveja em nenhuma hipótese. Essa idéia, de um puritanismo primário, é apenas a ponta de um iceberg de sinistras proporções; a morte do futebol-cultura e o advento do futebol-produto.
O futebol começou a ser praticado no Brasil, no início do século XX, como um esporte elitista. Houve, porém, uma popularização magnífica do jogo. Em seu prefácio ao fundamental "O Negro no Futebol brasileiro ", a obra-prima de Mário Filho, Gilberto Freyre diz o seguinte:
"...vá alguém estudar a fundo o jogo de Domingos da Guia ou a literatura de Machado de Assis que encontrará decerto nas raízes de cada um, dando-lhes autenticidade brasileira, um pouco de samba, um pouco de molecagem baiana e até um pouco da capoeiragem pernambucana ou malandragem carioca. Com esses resíduos é que o futebol brasileiro afastou-se do bem ordenado original britânico para tornar-se a dança cheia de surpresas irracionais e de variações dionisíacas que é."
Independentemente de se gostar ou não do jogo, não há como negar que o futebol transformou-se numa instituição nacional de brancos, negros, mulatos e cafuzos, símbolo de um país de mestiços. Ir ao futebol no Brasil é um ato vital inserido num contexto mais amplo, transcendente ao próprio jogo. O encontro no botequim próximo ao estádio e a cerveja nas arquibancadas fazem parte desse ato.
A ida aos estádios está seriamente ameaçada por dois fatores aparentemente distintos, mas que se enredam perversamente. De um lado temos, e não há como negar, a violência das torcidas organizadas. Do outro, a transformação do futebol em um grande negócio. Sob o pretexto, porém, de se combater a violência - tarefa legítima e necessária - o que se busca é elitizar a frequência aos campos. O torcedor só interessa ao negócio da bola como um consumidor potencial.
Ingressos caros, público com bom poder aquisitivo, garantia de ordem e conforto aos frequentadores, afastamento das camadas populares dos campos (em um processo perverso que vincula pobreza e violência) , redução da capacidade dos estádios e acordos milionários com grandes redes de comunicação. Estão criadas assim as condições para o futebol-business, atividade que envolve impressionante circulação de capitais. Esse futebol empresarial, para prosperar, depende da morte do outro, o futebol como traço distintivo de uma cultura popular e mestiça.
Há que se combater a violência nos campos? É evidente que sim. Não nos enganemos, porém. O discurso do combate a violência busca moldar o novo perfil do frequentador dos jogos. Sai o torcedor e entra o consumidor. A ideia é reservar os estádios para as chamadas famílias de bem, entendidas como aquelas que podem pagar 40 mangos pelo ingresso mais barato e 200 reais numa camisa oficial do clube. Algo similar ocorreu com os desfiles das escolas de samba, hoje marcados pelas arquibancadas de turistas e camarotes de celebridades.
Os canais de televisão colaboram com isso. Não é inocente a sistemática campanha pelo futebol-família, termo exaustivamente usado por Galvão Bueno, ou a utilização de orquestras sinfônicas para acompanhar gritos de guerra das torcidas. Insisto que o combate aos vândalos dos campos está sendo instrumentalizado para atingir outro objetivo, o de higienizar os estádios - e uso o termo aqui com o mesmo sentido dado pelos homens do poder no início do século XX, quando combater epidemias passava também pela repressão às manifestações culturais das camadas populares urbanas e o afastamento dos pobres da região central da cidade.
Esse processo vai, evidentemente, culminar com a realização da Copa de 2014 no país. Não duvidem. A clientela - o termo é esse - dos estádios de futebol será formada por turistas e brasileiros de médio e alto poder aquisitivo sem relações emocionais mais profundas com o futebol. O verdadeiro torcedor - aquele que acompanha o cotidiano do seu time e faz do ato de assistir ao jogo uma reinvenção da vida - estará do outro lado da telinha, ou ao pé do rádio, tomando uma gelada, que ninguém é de ferro.
Abraços.
Postado por Luiz Antonio Simas às 2:23 PM
http://hisbrasil.blogspot.com/2008/04/higienizao-dos-estdios.html
Ativistas políticos estão sugerindo um boicote aos jogos olímpicos de Pequim. A causa é politicamente correta. Eu vou boicotar o campeonato brasileiro de futebol de 2008. A causa é, graças aos deuses, tremendamente incorreta: a CBF anunciou a proibição da venda de bebidas alcoólicas nos estádios. Não vou aos jogos sem cerveja em nenhuma hipótese. Essa idéia, de um puritanismo primário, é apenas a ponta de um iceberg de sinistras proporções; a morte do futebol-cultura e o advento do futebol-produto.
O futebol começou a ser praticado no Brasil, no início do século XX, como um esporte elitista. Houve, porém, uma popularização magnífica do jogo. Em seu prefácio ao fundamental "O Negro no Futebol brasileiro ", a obra-prima de Mário Filho, Gilberto Freyre diz o seguinte:
"...vá alguém estudar a fundo o jogo de Domingos da Guia ou a literatura de Machado de Assis que encontrará decerto nas raízes de cada um, dando-lhes autenticidade brasileira, um pouco de samba, um pouco de molecagem baiana e até um pouco da capoeiragem pernambucana ou malandragem carioca. Com esses resíduos é que o futebol brasileiro afastou-se do bem ordenado original britânico para tornar-se a dança cheia de surpresas irracionais e de variações dionisíacas que é."
Independentemente de se gostar ou não do jogo, não há como negar que o futebol transformou-se numa instituição nacional de brancos, negros, mulatos e cafuzos, símbolo de um país de mestiços. Ir ao futebol no Brasil é um ato vital inserido num contexto mais amplo, transcendente ao próprio jogo. O encontro no botequim próximo ao estádio e a cerveja nas arquibancadas fazem parte desse ato.
A ida aos estádios está seriamente ameaçada por dois fatores aparentemente distintos, mas que se enredam perversamente. De um lado temos, e não há como negar, a violência das torcidas organizadas. Do outro, a transformação do futebol em um grande negócio. Sob o pretexto, porém, de se combater a violência - tarefa legítima e necessária - o que se busca é elitizar a frequência aos campos. O torcedor só interessa ao negócio da bola como um consumidor potencial.
Ingressos caros, público com bom poder aquisitivo, garantia de ordem e conforto aos frequentadores, afastamento das camadas populares dos campos (em um processo perverso que vincula pobreza e violência) , redução da capacidade dos estádios e acordos milionários com grandes redes de comunicação. Estão criadas assim as condições para o futebol-business, atividade que envolve impressionante circulação de capitais. Esse futebol empresarial, para prosperar, depende da morte do outro, o futebol como traço distintivo de uma cultura popular e mestiça.
Há que se combater a violência nos campos? É evidente que sim. Não nos enganemos, porém. O discurso do combate a violência busca moldar o novo perfil do frequentador dos jogos. Sai o torcedor e entra o consumidor. A ideia é reservar os estádios para as chamadas famílias de bem, entendidas como aquelas que podem pagar 40 mangos pelo ingresso mais barato e 200 reais numa camisa oficial do clube. Algo similar ocorreu com os desfiles das escolas de samba, hoje marcados pelas arquibancadas de turistas e camarotes de celebridades.
Os canais de televisão colaboram com isso. Não é inocente a sistemática campanha pelo futebol-família, termo exaustivamente usado por Galvão Bueno, ou a utilização de orquestras sinfônicas para acompanhar gritos de guerra das torcidas. Insisto que o combate aos vândalos dos campos está sendo instrumentalizado para atingir outro objetivo, o de higienizar os estádios - e uso o termo aqui com o mesmo sentido dado pelos homens do poder no início do século XX, quando combater epidemias passava também pela repressão às manifestações culturais das camadas populares urbanas e o afastamento dos pobres da região central da cidade.
Esse processo vai, evidentemente, culminar com a realização da Copa de 2014 no país. Não duvidem. A clientela - o termo é esse - dos estádios de futebol será formada por turistas e brasileiros de médio e alto poder aquisitivo sem relações emocionais mais profundas com o futebol. O verdadeiro torcedor - aquele que acompanha o cotidiano do seu time e faz do ato de assistir ao jogo uma reinvenção da vida - estará do outro lado da telinha, ou ao pé do rádio, tomando uma gelada, que ninguém é de ferro.
Abraços.
Postado por Luiz Antonio Simas às 2:23 PM
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terça-feira, 2 de junho de 2009
Dossiê Copa 2014
UOL: http://esporte.uol.com.br/futebol/copa-2014/
ESPN: http://espnbrasil.terra.com.br/copadomundo/noticia/53170_FIFA+CONFIRMA+SEDES+DE+2014
Cidade Investimento previsto Principais obras
http://esporte.uol.com.br/futebol/copa-2014/ranking-investimentos.jhtm
1º
Rio de Janeiro-RJ
R$ 10 bi
Reforma do aeroporto Tom Jobim
Reurbanização da zona portuária
Limpeza da Baía da Guanabara
Ampliação dos projetos sociais em comunidade
1º
São Paulo-SP
R$ 10 bi
Construção de duas novas linhas de metrô
Término do Rodoanel
Construção da perimetral sul – avenida ligando a João Dias ao Morumbi
Construção de linha férrea de Cumbica à estação da Luz
3º
Fortaleza-CE
R$ 9,2 bi
Bioparque de Fortaleza
Revitalização de bairros próximos ao Castelão
Construção do metrô de Fortaleza
Construção do Centro Olímpico do Castelão
4º
Manaus-AM
R$ 6 bi
Construção de novas ruas e avenidas
Ampliação do efetivo da polícia militar
Melhorias no entorno do Estádio Vivaldo Lima
Construção de metrô de superfície ou similar
5º
Cuiabá-MT
R$ 5 bi
Construção do novo estádio
Implantação do novo terminal aeroportuário
50 obras para melhoria do transporte/trânsito
Investimentos no metrô de superfície
6º
Curitiba-PR
R$ 4,5 bi
Primeira linha do metrô de Curitiba
Melhorias e ampliação no aeroporto
Obras de integração metropolitana
Melhorias na acessibilidade da cidade
7º
Brasília-DF
R$ 2 bi
VLT ligando aeroporto ao estádio
Construção da linha 2 do metrô
Ampliação do terminal de passageiros do aeroporto
Instalação de internet wireless em toda cidade
8º
Natal-RN
R$ 1,7 bi
Auto-suficiência energética até 2010
Melhoria da acessibilidade para pedestres
Construção de novo aeroporto internacional
Investimento em armamento, viaturas e contratação de pessoal
9º
Salvador-BA
R$1,5 bi
Conclusão do Complexo Viário 2 de Julho
Via Expressa Baía de Todos os Santos
Ampliação da segunda pista do Aeroporto
Duplicação do Porto de Salvador
9º
Recife-PE
R$ 1,5 bi
Implantação de parque público na margem do Capibaribe
Arborização planejada
Integração entre os meios de transporte de massa e individuais
Sistema integrado de segurança
-
B. Horizonte-MG
n/d
Metrô ligando a região central ao Mineirão
Reforma das redes hospitalar e hoteleira
Obras nos aeroportos que conectam a cidade
Modernização do Estádio Independência
-
Porto Alegre-RS
n/d
Ampliação da capacidade nos aeroportos
Duplicação da via conhecida como "Avenida Beira-Rio"
Ampliação da estrutura hoteleira
Construção de linha
Total: R$ 51,4 bi
ESPN: http://espnbrasil.terra.com.br/copadomundo/noticia/53170_FIFA+CONFIRMA+SEDES+DE+2014
Cidade Investimento previsto Principais obras
http://esporte.uol.com.br/futebol/copa-2014/ranking-investimentos.jhtm
1º
Rio de Janeiro-RJ
R$ 10 bi
Reforma do aeroporto Tom Jobim
Reurbanização da zona portuária
Limpeza da Baía da Guanabara
Ampliação dos projetos sociais em comunidade
1º
São Paulo-SP
R$ 10 bi
Construção de duas novas linhas de metrô
Término do Rodoanel
Construção da perimetral sul – avenida ligando a João Dias ao Morumbi
Construção de linha férrea de Cumbica à estação da Luz
3º
Fortaleza-CE
R$ 9,2 bi
Bioparque de Fortaleza
Revitalização de bairros próximos ao Castelão
Construção do metrô de Fortaleza
Construção do Centro Olímpico do Castelão
4º
Manaus-AM
R$ 6 bi
Construção de novas ruas e avenidas
Ampliação do efetivo da polícia militar
Melhorias no entorno do Estádio Vivaldo Lima
Construção de metrô de superfície ou similar
5º
Cuiabá-MT
R$ 5 bi
Construção do novo estádio
Implantação do novo terminal aeroportuário
50 obras para melhoria do transporte/trânsito
Investimentos no metrô de superfície
6º
Curitiba-PR
R$ 4,5 bi
Primeira linha do metrô de Curitiba
Melhorias e ampliação no aeroporto
Obras de integração metropolitana
Melhorias na acessibilidade da cidade
7º
Brasília-DF
R$ 2 bi
VLT ligando aeroporto ao estádio
Construção da linha 2 do metrô
Ampliação do terminal de passageiros do aeroporto
Instalação de internet wireless em toda cidade
8º
Natal-RN
R$ 1,7 bi
Auto-suficiência energética até 2010
Melhoria da acessibilidade para pedestres
Construção de novo aeroporto internacional
Investimento em armamento, viaturas e contratação de pessoal
9º
Salvador-BA
R$1,5 bi
Conclusão do Complexo Viário 2 de Julho
Via Expressa Baía de Todos os Santos
Ampliação da segunda pista do Aeroporto
Duplicação do Porto de Salvador
9º
Recife-PE
R$ 1,5 bi
Implantação de parque público na margem do Capibaribe
Arborização planejada
Integração entre os meios de transporte de massa e individuais
Sistema integrado de segurança
-
B. Horizonte-MG
n/d
Metrô ligando a região central ao Mineirão
Reforma das redes hospitalar e hoteleira
Obras nos aeroportos que conectam a cidade
Modernização do Estádio Independência
-
Porto Alegre-RS
n/d
Ampliação da capacidade nos aeroportos
Duplicação da via conhecida como "Avenida Beira-Rio"
Ampliação da estrutura hoteleira
Construção de linha
Total: R$ 51,4 bi
domingo, 31 de maio de 2009
Sem surpresas, Fifa anuncia sedes da Copa do Mundo de 2014
31/05/2009 - 15h36
http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2009/05/31/ult59u198679.jhtm
Thales Calipo, Em Nassau (Bahamas)
O mistério chegou ao fim. Após 19 meses da escolha do Brasil como palco da Copa do Mundo de 2014, a Fifa divulgou, neste domingo, em Nassau, nas Bahamas, o nome das 12 sedes do Mundial. Sem muitas surpresas, foram confirmadas Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).
Dessa forma, das 17 candidatas que estavam na disputa, ficaram fora as cidades de Belém (PA), Campo Grande (MS), Florianópolis (SC), Goiânia (GO) e Rio Branco (AC).
Passada a euforia e a festa pela confirmação do anúncio, as cidades escolhidas terão um cronograma curto para se adequarem às exigências de uma Copa do Mundo. Todos os estádios que foram indicados, por exemplo, precisarão ser reformados ou ainda totalmente construídos. A expectativa é que as novas arenas estejam prontas até o fim de 2012, possibilitando a utilização na Copa das Confederações, em 2013.
Após o anúncio, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, voltou a reafirmar a necessidade de serem cumpridos os prazos. "As cidades escolhidas terão apenas o começo do trabalho, que exige organização, cumprimento de prazos, respeito aos padrões da Fifa e credibilidade. Tenho convicção que as 12 cidades têm noção de sua responsabilidade", explicou.
O grande objetivo de todas as cidades é atrair o dinheiro da iniciativa privada para viabilizar suas novas arenas e também a ampliação da rede hoteleira. Mesmo com as promessas antes do anúncio, poucas sedes devem conseguir estes investimentos, restando aos governos estaduais a tarefa, em muitos casos, de bancar as praças esportivas.
Por outro lado, o governo federal arcará com as obras de infraestrutura. Para isso, deve ser anunciado nos próximos dias um Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) exclusivamente para a Copa do Mundo de 2014.
Além de deixar todas as cidades em condições de receber o Mundial, o desafio é não repetir o que aconteceu nos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro, quando os gastos finais foram muito maiores do que a projeção inicial, obrigando o governo federal a gastar mais dinheiro do que o esperado para salvar o evento.
Ao mesmo tempo, a Fifa garantiu que não deixará as cidades preteridas no processo de seleção sem eventos ligados à Copa do Mundo. "Essas cidades que não foram escolhidas como sede, terão eventos ligados ao evento. Não podemos jogar em todas as cidades, mas faremos o possível para que todas as regiões possam receber atividades da Fifa", destacou Joseph Blatter.
SAIBA TUDO DE CADA SEDE
Belo Horizonte
Brasília
Cuiabá
Curitiba
Fortaleza
Manaus
Natal
Porto Alegre
Recife
Rio de Janeiro
Salvador
São Paulo
http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2009/05/31/ult59u198679.jhtm
Thales Calipo, Em Nassau (Bahamas)
O mistério chegou ao fim. Após 19 meses da escolha do Brasil como palco da Copa do Mundo de 2014, a Fifa divulgou, neste domingo, em Nassau, nas Bahamas, o nome das 12 sedes do Mundial. Sem muitas surpresas, foram confirmadas Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).
Dessa forma, das 17 candidatas que estavam na disputa, ficaram fora as cidades de Belém (PA), Campo Grande (MS), Florianópolis (SC), Goiânia (GO) e Rio Branco (AC).
Passada a euforia e a festa pela confirmação do anúncio, as cidades escolhidas terão um cronograma curto para se adequarem às exigências de uma Copa do Mundo. Todos os estádios que foram indicados, por exemplo, precisarão ser reformados ou ainda totalmente construídos. A expectativa é que as novas arenas estejam prontas até o fim de 2012, possibilitando a utilização na Copa das Confederações, em 2013.
Após o anúncio, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, voltou a reafirmar a necessidade de serem cumpridos os prazos. "As cidades escolhidas terão apenas o começo do trabalho, que exige organização, cumprimento de prazos, respeito aos padrões da Fifa e credibilidade. Tenho convicção que as 12 cidades têm noção de sua responsabilidade", explicou.
O grande objetivo de todas as cidades é atrair o dinheiro da iniciativa privada para viabilizar suas novas arenas e também a ampliação da rede hoteleira. Mesmo com as promessas antes do anúncio, poucas sedes devem conseguir estes investimentos, restando aos governos estaduais a tarefa, em muitos casos, de bancar as praças esportivas.
Por outro lado, o governo federal arcará com as obras de infraestrutura. Para isso, deve ser anunciado nos próximos dias um Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) exclusivamente para a Copa do Mundo de 2014.
Além de deixar todas as cidades em condições de receber o Mundial, o desafio é não repetir o que aconteceu nos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro, quando os gastos finais foram muito maiores do que a projeção inicial, obrigando o governo federal a gastar mais dinheiro do que o esperado para salvar o evento.
Ao mesmo tempo, a Fifa garantiu que não deixará as cidades preteridas no processo de seleção sem eventos ligados à Copa do Mundo. "Essas cidades que não foram escolhidas como sede, terão eventos ligados ao evento. Não podemos jogar em todas as cidades, mas faremos o possível para que todas as regiões possam receber atividades da Fifa", destacou Joseph Blatter.
SAIBA TUDO DE CADA SEDE
Belo Horizonte
Brasília
Cuiabá
Curitiba
Fortaleza
Manaus
Natal
Porto Alegre
Recife
Rio de Janeiro
Salvador
São Paulo
Após tempo perdido, definição das sedes vira 'marco zero' para Copa-2014
31/05/2009 - 07h00
http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2009/05/31/ult59u198662.jhtm
Thales Calipo, Em Nassau (Bahamas)
Quando o Brasil foi oficializado como palco da Copa do Mundo de 2014, em outubro de 2007, o país contava com pouco menos de sete anos para se adequar aos padrões exigidos para receber a competição. Neste domingo, 19 meses depois, os brasileiros terão o 'marco zero' do Mundial, com o anúncio das 12 sedes, e já preparam uma corrida para recuperar o tempo desperdiçado.
Estão na disputa as cidades de Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP). Independentemente do resultado, que será anunciado em Nassau, nas Bahamas, por volta das 15h30 (horário de Brasília), o tempo é curto e a lista de obrigações é longa.
Com a demora para a análise das 17 candidatas por parte da Fifa, a maioria dos projetos permanece apenas no papel. Assim, projeções de custo no médio e longo prazo, a essa altura, acabam se tornando meros chutes das postulantes.
Dessa forma, quando as definições concretas forem realmente tomadas, o cenário não será dos mais animadores. Para começar, todos os estádios que receberão partidas oficiais serão reformados ou construídos totalmente, como já afirmou, por diversas vezes, o presidente do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014, Ricardo Teixeira.
O problema é quem vai ficar com essa conta. Na teoria, estádios particulares, como o Beira-Rio, do Internacional, ou o Morumbi, do São Paulo, deverão ser adequados apenas com dinheiro angariados pelos clubes. As cidades que não contam com esse modelo falam em parcerias com a iniciativa privada, mesmo que os investidores ainda acenem timidamente para essa possibilidade. Como o governo federal afirmou que não colocará dinheiro em arenas, a salvação para muitos será a ajuda estadual.
"O nosso estado já tem um orçamento aprovado de R$ 4,7 bilhões até 2014, e nele está incluído a reforma do estádio, caso não consigamos fechar uma parceria", afirma Ariovaldo Malizia, membro do grupo-tarefa de Manaus criado para a Copa. A capital amazonense tem um projeto de modernização do Vivaldão orçado em R$ 600 milhões, o mais caro entre as postulantes.
O Planalto, no entanto, não ficará fora da gastança. Assim como aconteceu no Pan, quando o governo federal teve de arcar com mais de 50% da conta final, a Copa do Mundo não deve ser diferente. Somente nos aeroportos, por exemplo, a Infraero poderá injetar até R$ 5 bilhões para duplicações de pistas, ampliações de terminais de passageiros, e outras obras necessárias para evitar um novo "apagão aéreo", desta vez aos olhos da opinião pública mundial.
Para o setor de infraestrutura, o governo federal pretende anunciar ainda em junho um Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) exclusivo para as cidades envolvidas com a Copa do Mundo de 2014. A medida, no entanto, também não é garantia de que as sedes estarão totalmente aptas para o Mundial, já que, segundo levantamento da ONG Contas Abertas, apenas 3% das obras previstas pelo PAC "original" foram concluídas em dois anos.
Mesmo que todas as reformas e construções previstas sejam concretizadas, resta outro problema, desta vez para todas as esferas públicas: a elevação das estimativas iniciais de gastos. Como os Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro, ensinaram, nem sempre o que é somado no começo do processo termina da mesma forma.
Para evitar isso, as vencedoras na escolha deste domingo farão uma reunião em Brasília nas próximas semanas para deixar claro quanto cada uma das esferas públicas irá gastar para, desta forma, deixar os imprevistos apenas para os gramados da Copa do Mundo.
"O Pan foi uma lição para nós. O governo federal assumiu contas que não eram dele e isso não acontecerá com a Copa de 2014. Vamos exigir matriz de responsabilidade de cidades e estados que querem receber jogos da competição", costuma repetir o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr.
http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2009/05/31/ult59u198662.jhtm
Thales Calipo, Em Nassau (Bahamas)
Quando o Brasil foi oficializado como palco da Copa do Mundo de 2014, em outubro de 2007, o país contava com pouco menos de sete anos para se adequar aos padrões exigidos para receber a competição. Neste domingo, 19 meses depois, os brasileiros terão o 'marco zero' do Mundial, com o anúncio das 12 sedes, e já preparam uma corrida para recuperar o tempo desperdiçado.
Estão na disputa as cidades de Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP). Independentemente do resultado, que será anunciado em Nassau, nas Bahamas, por volta das 15h30 (horário de Brasília), o tempo é curto e a lista de obrigações é longa.
Com a demora para a análise das 17 candidatas por parte da Fifa, a maioria dos projetos permanece apenas no papel. Assim, projeções de custo no médio e longo prazo, a essa altura, acabam se tornando meros chutes das postulantes.
Dessa forma, quando as definições concretas forem realmente tomadas, o cenário não será dos mais animadores. Para começar, todos os estádios que receberão partidas oficiais serão reformados ou construídos totalmente, como já afirmou, por diversas vezes, o presidente do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014, Ricardo Teixeira.
O problema é quem vai ficar com essa conta. Na teoria, estádios particulares, como o Beira-Rio, do Internacional, ou o Morumbi, do São Paulo, deverão ser adequados apenas com dinheiro angariados pelos clubes. As cidades que não contam com esse modelo falam em parcerias com a iniciativa privada, mesmo que os investidores ainda acenem timidamente para essa possibilidade. Como o governo federal afirmou que não colocará dinheiro em arenas, a salvação para muitos será a ajuda estadual.
"O nosso estado já tem um orçamento aprovado de R$ 4,7 bilhões até 2014, e nele está incluído a reforma do estádio, caso não consigamos fechar uma parceria", afirma Ariovaldo Malizia, membro do grupo-tarefa de Manaus criado para a Copa. A capital amazonense tem um projeto de modernização do Vivaldão orçado em R$ 600 milhões, o mais caro entre as postulantes.
O Planalto, no entanto, não ficará fora da gastança. Assim como aconteceu no Pan, quando o governo federal teve de arcar com mais de 50% da conta final, a Copa do Mundo não deve ser diferente. Somente nos aeroportos, por exemplo, a Infraero poderá injetar até R$ 5 bilhões para duplicações de pistas, ampliações de terminais de passageiros, e outras obras necessárias para evitar um novo "apagão aéreo", desta vez aos olhos da opinião pública mundial.
Para o setor de infraestrutura, o governo federal pretende anunciar ainda em junho um Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) exclusivo para as cidades envolvidas com a Copa do Mundo de 2014. A medida, no entanto, também não é garantia de que as sedes estarão totalmente aptas para o Mundial, já que, segundo levantamento da ONG Contas Abertas, apenas 3% das obras previstas pelo PAC "original" foram concluídas em dois anos.
Mesmo que todas as reformas e construções previstas sejam concretizadas, resta outro problema, desta vez para todas as esferas públicas: a elevação das estimativas iniciais de gastos. Como os Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro, ensinaram, nem sempre o que é somado no começo do processo termina da mesma forma.
Para evitar isso, as vencedoras na escolha deste domingo farão uma reunião em Brasília nas próximas semanas para deixar claro quanto cada uma das esferas públicas irá gastar para, desta forma, deixar os imprevistos apenas para os gramados da Copa do Mundo.
"O Pan foi uma lição para nós. O governo federal assumiu contas que não eram dele e isso não acontecerá com a Copa de 2014. Vamos exigir matriz de responsabilidade de cidades e estados que querem receber jogos da competição", costuma repetir o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr.
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Olimpíadas 2016 no Rio de Janeiro. A cidade ganha um presente ou um abacaxi?
http://msn.lancenet.com.br/maisesportes/noticias/09-05-02/537812.stm?olimpiada-comite-social-questiona-legado-dos-jogos-de-2016
Entre os dia 27 de abril e 1 de Maio membros do Comitê Olímpico Internacional (COI) visitaram o Rio de Janeiro para examinar as condições da cidade, com vistas as Olimpíadas de 2016. Com a exceção das instalações esportivas, os critérios do COI - transporte, saúde, educação, meio ambiente e segurança – fazem parte do cotidiano do cidadão, que vota para que esses direitos sociais sejam garantidos.
Passado o ritual eleitoral o que percebemos infelizmente é a conversão do cidadão em um grande espectador da política; alguém que assiste passivamente as decisões pessoais de governantes e de grupos econômicos privados serem tomadas e justificadas como de interesse público. Neste sentido, a realização de uma Olimpíada na cidade é de interesse de todos? Atende a que prioridades? Serão feitas remoções forçadas? Os investimentos em saúde serão somente para os atletas? De que forma a realização de um evento que dura um mês pode trazer benefícios de longo prazo para a população?
Esses questionamentos têm sido marginalizados como se qualquer crítica ao projeto Olímpico de 2016 fosse exemplo de uma oposição antipatriota. O endosso midiático de artistas e atletas, a divertida roda gigante e o poder simbólico do esporte no “país do futebol” reforçam apenas um clima de oba-oba, permitindo que qualquer ação feita em nome das Olimpíadas e de preservar a “imagem do país lá fora” se autojustifiquem. Se de fato a população apóia a realização do evento como uma grande oportunidade para a revitalização urbana e social do Rio de Janeiro, ele só será um sucesso se os seus proponentes lidarem de forma aberta com as prioridades sociais e o compromisso de deixar um legado amplo para a cidade.
Infelizmente a experiência dos Jogos Panamericanos 2007 esteve muito longe de atender essas expectativas. Os canais de participação social e democrática foram nulos. Nenhuma grande obra de infraestrutura urbana prometida foi realizada. A Agenda Social do PAN ,que previa investimentos importantes para a população carente até 2012 no município foi esquecida. As poucas instalações esportivas construídas encontram-se fechadas para uso público, subutilizadas ou foram privatizadas, sendo que todas necessitam de amplas reformas se vierem a abrigar os Jogos Olímpicos. Ações arbitrárias na Marina da Glória, no Estádio de Remo da Lagoa e de remoção de comunidades na Zona Oeste tiveram que ser impedidas na justiça e como parte da resistência da sociedade civil.
É longa a lista de erros de concepção, planejamento e irregularidades que fizeram pular a previsão inicial de 400 milhões para um gasto final de mais de 3,6 bilhões de reais na realização do Pan/2007. Algumas dessas questões foram apontadas de antemão por organizações sociais reunidas em torno do Comitê Social do Pan desde 2005. Apesar desses problemas e sua necessária investigação a experiência do Pan/2007 não deve ser esquecida.
Os 30 bilhões de reais inicialmente previstos pelo projeto Olímpico equivalem ao gasto de quase 8 jogos Pan-Americanos. São gastos de dinheiro público e tendo em vista os erros passados é fundamental que o planejamento dos jogos contemple desde já a participação da sociedade civil, das comunidades locais e dos órgãos fiscalizadores em seu processo de tomada de decisão. Os discursos em torno do legado social presentes na candidatura devem se traduzir em políticas efetivas – de investimentos sociais e de lazer em comunidades carentes; de melhorias amplas no transporte público; de usufruto público e esportivo das instalações construídas, e que essas não tragam prejuízos ao cidadão, em especial à população residente no entorno das intervenções urbanas.
No dia 2 de outubro os membros do COI decidirão entre Chicago, Madri, Tóquio ou o Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016. Se o Rio for escolhido os desafios são enormes. Não desejamos repetir os onerosos erros do Pan/2007 e os elefantes brancos das últimas Olimpíadas. O fantástico Estádio Olímpico de Pequim jaz silencioso com a previsão de um único evento para este ano. Atenas ainda hoje amarga seus gastos realizados em 2004. Não desejamos e nem podemos arcar com tamanho desperdício, considerando as imensas demandas de investimento e melhoria na infraestrutura e serviços de nossa cidade.
O “Comitê Social do Pan” reivindica a realização das Olimpíadas 2016 no Rio de Janeiro com base nesses princípios. Convocamos indivíduos e organizações sociais a somarem esforços na construção coletiva de um projeto olímpico verdadeiramente cidadão, democrático e participativo.
Rio, abril de 2009.
_______________________________________________________________________
COMITÊ SOCIAL DO PAN – Mega Eventos Esportivos
Criado em abril de 2005, o “Comitê Social do Pan” é fruto da articulação entre o Fórum Popular do Orçamento (FPO), o Fórum Popular do Plano Diretor do Rio de Janeiro, organizações sociais e de moradores afetados pelas obras e pesquisadores do esporte. O Comitê realiza até hoje reuniões periódicas com o objetivo de acompanhar os projetos e o legado do PAN 2007 e de Mega Eventos Esportivos previstos para o Rio: como os Jogos Mundiais Militares em 2011, as Olimpíadas 2016 e a Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
Contatos: Site: http://br.geocities.com/fporj/ Email: fporiodejaneiro@gmail.com
Entre os dia 27 de abril e 1 de Maio membros do Comitê Olímpico Internacional (COI) visitaram o Rio de Janeiro para examinar as condições da cidade, com vistas as Olimpíadas de 2016. Com a exceção das instalações esportivas, os critérios do COI - transporte, saúde, educação, meio ambiente e segurança – fazem parte do cotidiano do cidadão, que vota para que esses direitos sociais sejam garantidos.
Passado o ritual eleitoral o que percebemos infelizmente é a conversão do cidadão em um grande espectador da política; alguém que assiste passivamente as decisões pessoais de governantes e de grupos econômicos privados serem tomadas e justificadas como de interesse público. Neste sentido, a realização de uma Olimpíada na cidade é de interesse de todos? Atende a que prioridades? Serão feitas remoções forçadas? Os investimentos em saúde serão somente para os atletas? De que forma a realização de um evento que dura um mês pode trazer benefícios de longo prazo para a população?
Esses questionamentos têm sido marginalizados como se qualquer crítica ao projeto Olímpico de 2016 fosse exemplo de uma oposição antipatriota. O endosso midiático de artistas e atletas, a divertida roda gigante e o poder simbólico do esporte no “país do futebol” reforçam apenas um clima de oba-oba, permitindo que qualquer ação feita em nome das Olimpíadas e de preservar a “imagem do país lá fora” se autojustifiquem. Se de fato a população apóia a realização do evento como uma grande oportunidade para a revitalização urbana e social do Rio de Janeiro, ele só será um sucesso se os seus proponentes lidarem de forma aberta com as prioridades sociais e o compromisso de deixar um legado amplo para a cidade.
Infelizmente a experiência dos Jogos Panamericanos 2007 esteve muito longe de atender essas expectativas. Os canais de participação social e democrática foram nulos. Nenhuma grande obra de infraestrutura urbana prometida foi realizada. A Agenda Social do PAN ,que previa investimentos importantes para a população carente até 2012 no município foi esquecida. As poucas instalações esportivas construídas encontram-se fechadas para uso público, subutilizadas ou foram privatizadas, sendo que todas necessitam de amplas reformas se vierem a abrigar os Jogos Olímpicos. Ações arbitrárias na Marina da Glória, no Estádio de Remo da Lagoa e de remoção de comunidades na Zona Oeste tiveram que ser impedidas na justiça e como parte da resistência da sociedade civil.
É longa a lista de erros de concepção, planejamento e irregularidades que fizeram pular a previsão inicial de 400 milhões para um gasto final de mais de 3,6 bilhões de reais na realização do Pan/2007. Algumas dessas questões foram apontadas de antemão por organizações sociais reunidas em torno do Comitê Social do Pan desde 2005. Apesar desses problemas e sua necessária investigação a experiência do Pan/2007 não deve ser esquecida.
Os 30 bilhões de reais inicialmente previstos pelo projeto Olímpico equivalem ao gasto de quase 8 jogos Pan-Americanos. São gastos de dinheiro público e tendo em vista os erros passados é fundamental que o planejamento dos jogos contemple desde já a participação da sociedade civil, das comunidades locais e dos órgãos fiscalizadores em seu processo de tomada de decisão. Os discursos em torno do legado social presentes na candidatura devem se traduzir em políticas efetivas – de investimentos sociais e de lazer em comunidades carentes; de melhorias amplas no transporte público; de usufruto público e esportivo das instalações construídas, e que essas não tragam prejuízos ao cidadão, em especial à população residente no entorno das intervenções urbanas.
No dia 2 de outubro os membros do COI decidirão entre Chicago, Madri, Tóquio ou o Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016. Se o Rio for escolhido os desafios são enormes. Não desejamos repetir os onerosos erros do Pan/2007 e os elefantes brancos das últimas Olimpíadas. O fantástico Estádio Olímpico de Pequim jaz silencioso com a previsão de um único evento para este ano. Atenas ainda hoje amarga seus gastos realizados em 2004. Não desejamos e nem podemos arcar com tamanho desperdício, considerando as imensas demandas de investimento e melhoria na infraestrutura e serviços de nossa cidade.
O “Comitê Social do Pan” reivindica a realização das Olimpíadas 2016 no Rio de Janeiro com base nesses princípios. Convocamos indivíduos e organizações sociais a somarem esforços na construção coletiva de um projeto olímpico verdadeiramente cidadão, democrático e participativo.
Rio, abril de 2009.
_______________________________________________________________________
COMITÊ SOCIAL DO PAN – Mega Eventos Esportivos
Criado em abril de 2005, o “Comitê Social do Pan” é fruto da articulação entre o Fórum Popular do Orçamento (FPO), o Fórum Popular do Plano Diretor do Rio de Janeiro, organizações sociais e de moradores afetados pelas obras e pesquisadores do esporte. O Comitê realiza até hoje reuniões periódicas com o objetivo de acompanhar os projetos e o legado do PAN 2007 e de Mega Eventos Esportivos previstos para o Rio: como os Jogos Mundiais Militares em 2011, as Olimpíadas 2016 e a Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
Contatos: Site: http://br.geocities.com/fporj/ Email: fporiodejaneiro@gmail.com
O presidente acima da lei
http://blogdojuca.blog.uol.com.br/arch2009-05-03_2009-05-09.html
Do Estatuto do Torcedor, em vigor desde 15 de maio de 2003:
Art. 22.
São direitos do torcedor partícipe:
I - que todos os ingressos emitidos sejam numerados; e
II - ocupar o lugar correspondente ao número constante do ingresso.
Está bem claro, não?
Faz quase seis anos que o torcedor brasileiro tem direito a sentar na cadeira correspondente ao número do ingresso que ele comprou.
Ocorre que hoje, o todo poderoso presidente da CBF, Ricardo Teixeira disse, numa clara demonstração de que está acima do bem e do mal e da lei, na frente do ministro do Esporte, que neste Campeonato Brasileiro a entidade exigirá que alguns estádios assegurem que o torcedor sente no lugar que lhe cabe.
Para treinar para a Copa do Mundo de 2014, segundo ele.
Ou seja, ele decidiu que alguns têm que cumprir a lei, outros não.
Viva ele!
Comentário para o Jornal da CBN desta quinta-feira, dia 7 de maio, de 2009.
http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/juca-kfouri/JUCA-KFOURI.htm
Comentários:
[aylton-affonso] [Santo André - SP - Brasil]
Casuísmos não se justificam, como bem disse alguém por aqui, mas que essa história de "lugar numerado" é algo totalmente incompatível com nosso jeito de torcer, isso é. Digo e repito, futebol não é ópera, nem aqui nem na Europa! Quando era frequentador contumaz dos estádios, lembro-me que, comprado o ingresso, e se não era jogo de estádio lotado, esperava o arranjo dos times em campo, para ver prá que lado o Timão atacaria no 1º tempo. E corria prá lá, para pegar um lugar. Quando o juiz apitava o final do 1º tempo, corria para o outro lado. Pô, isso é legal, isso tem a ver com o futebol, e não ser obrigado a ficar sentado num lugar que sequer você tem direito a escolher! Está em curso um processo de "puritanização" e de tentativa de elitização do futebol, que, a pretexto de combater a violência e a bagunça generalizada (na venda de ingressos, por ex.), apela para um moralismo canhestro, para um politicamente correto irritante. Nem bandeiras mais são permitidas, que coisa chata !
08/05/2009 18:24
[meuemeieu] [Vinhedo - Sao Paulo]
Juca, será que para não respeitarmos o lugar marcado no ingresso, não deveríamos ter o direito de escolher o lugar onde vamos sentar quado compramos o ingresso????? Não vejo como alguém possa aceitar essa idéia sabendo que ela não tem critério nenehum! Não entra na minha cabeça que eu possa ser o primeiro da fila a comprar o ingresso e ficar num lugar pior que aquela pessoa que comprou seu ingresso minutos antes do jogo, na mão de um cambista! Se querem lugar marcado, que se de direito ao cidadão de escolher o seu lugar.
08/05/2009 14:07
[rmessi] [são paulo-sp Brasil]
acho esta lei fora da realidade, se vão me obrigar a sentar no lugar demarcado no ingresso, quero o direito de, ao comprar o ingresso, escolher o local que vou sentar.
08/05/2009 12:34
[andrelago] [Brasil]
No Bezerrão, no Gama, quando estou sozinho gosto de ficar na bagunça, na arquibancada leste. Quando vou com minha filha e esposa, prefiro ficar na Oeste. Quando tem sombra, gosto de ficar no meio, mas quando o sol bate, prefiro ficar no canto. TA VENDO? Igual a mim tem muitos, esse negocios de cadeira numerada não agrada ao torcedor brasileiro.
07/05/2009 22:52
[fs.1915] [SG RJ BR]
Esqueceram de colocar no estatuto que o torcedor deverá ser educado para respeitar o lugar a ele destinado. Isso acontece?
07/05/2009 22:44
[joaoalencarandrade] [BlumenauSC-TaubatéSP]
Juca, porque os presidentes de clubes, inclusive o Luiz Beluzzo tão elogiado por você, permitem essa promiscuidade que é a venda de ingressos? Todos são coniventes com isto. Ricardo Teixeira é o modelo seguido. O que esperar desse cidadão? É disso aí prá baixo. Triste é saber que esse cidadão têm trânsito livre com a presidência da república. Não sou favorável a violência, mas R. Teixeira cruzando meu caminho,soltaria alguns palavrões em sua direção. É o mínimo que merece.
07/05/2009 21:35
[manxa22] [BH]
Esse negócio de lugar marcado no estádio não dá certo no Brasil. De forma geral, no exterior, só se tem expectadores, aqui temos torcedores, que gostam de ficar em pé pular e não simplesmente colar a bunda na cadeira. até porque se quiser fazer isso a poltrona de casa é bem mais confortável.
07/05/2009 20:32
[ronaldo_sp] [Brasil]
Acho que enquanto "jornalistas organizados" fizerem um trabalho dúbio, de criticar e torcer, nada vai repercutir. Que fique tudo como está para torcedores profissionais não se acharem com poder demais nas maos.
07/05/2009 19:30
[murilix] [SP]
Está coberto de razão, pois ele sabe que é impossível implementar isso do dia pra noite em todos os estádios do Brasileirão. Antes começar o processo e expnadi-lo do que emperrá-lo até que todos os estádios tenham condições. Inclusive porque é melhor ter ALGUNS estádios cumprindo a lei do que NENHUM. Mas pra você tudo é motivo pra xingar o Ricardo Teixeira, né?
07/05/2009 18:36
[arquiduque61] [São Paulo, SP]
Soube que o ORLANDO SILVA, o Ministro das Multidões, mudou seu domicílio eleitoral para São Paulo !!! A figura virou arroz de festa, está em tudo quanto é evento !!! Se tiver final de bocha ou de pelota basca, podem ter certeza, lá estará ele, ORLANDO SILVA, entregando o troféu aos campeões !!! É incrível como o PMDB, com toda a sua competência fisiológica, deixou a pasta dos esportes para o PC do B !!! O esporte dá uma mídia gratuita que nenhum outro ministério consegue dar, nem o da Fazenda !!!
07/05/2009 18:03
[fernandomiguel] [são paulo]
Não adianta fazer lei num país que tem lei que "pega" e tem outras que não "pegam". O estatuto do torcedor não é muito diferente de outros estatutos que não conseguimos implementar, como o est. do idoso, o da criança e do adolescente, que são leis que garantem direitos no papel, mas na realidade esses direitos não se concretizam.
07/05/2009 17:21
[J Luis] [http://sampafotos.blogspot.com] [São Paulo - SP]
Juca, nas últimas duas vezes que fui ao Morumbi (contra Sto. André e América de Cali), fiquei no setor especial, onde o ingresso é numerado, comprado e escolhido via internet. Não tem comparação. Nada de aperto, nem confusão. Duvido que algum torcedor comum seria contra isto. Só mesmo quem acha que é dono de lotes da arquibancada para reclamar.
07/05/2009 15:21
[Natália] [SP]
[devilla101] [SP], se ele não o faz, deveria fazer. É exatamente por pensamentos como esse seu que Brasil é o Brasil!
07/05/2009 14:02
[devilla101] [SP]
O Juca é daqueles chatos que chega na estádio com o ingresso na mão e faz 18 pessoas trocarem de lugar...
07/05/2009 12:39
[digomiero] [Curitiba]
Não que eu goste do Ricardo Teixeira, muito pelo contrário... mas tem que levar em consideração que a lei, goste você ou não, não está sendo cumprida de forma alguma... só alguns setores de alguns estádios te garantem sentar no exato local que teu ingresso indica... então não vejo essa declaração como uma decisão de que alguns podem deixar de cumprir a lei, vejo como uma NECESSIDADE URGENTE de que alguns PASSEM a cumpri-la... ele como presidente da CBF não escreveu a lei, não é responsável pela execução da lei nos estádios... Bom, tendo dito o que eu penso de verdade, e deixando meu ódio por ele agir: SÉRIO QUE ELE DISSE ISSO???? MEU DEUS, QUE HORROR... CADEIA NELE!!!
07/05/2009 12:39
[olerud] [São Paulo]
Caro Juca, me desculpe a agressividade mas eu estou com essa pessoa no limite da minha civilidade. Só mesmo em um país como o Brasil para um salafrário como esse continuar andando pelas ruas depois de duas CPIs que acabaram em mais uma grande e gorda pizza. Um recado para esse senhor: Não cruze meu caminho, não tolero injustiças, ladrões e muito menos monopólios administrativos (muito mal administrados por sinal) com o dinheiro alheio. Qualquer macaco faria um trabalho melhor que você. Faça um favor para a humanidade e dê um tiro na sua própria cabeça e nos poupe da sua presença. O pior é ver que existem pessoas que ainda conseguem ter a audácia de PREMIÁ-LO no maior evento de comunicação do Brasil. Simplesmente inacreditável....
07/05/2009 11:02
[sconeg] [Balneario Camboriu]
Juca! ainda sobre ingressos? Até quando vamos ter que aturar está palhaçada de ingressos esgotados estarem nas mãos de cambistas? Para depois anunciarem publicos inferiores a venda total, dando indicio de devolução de ingressos pelos cambistas? Esta claro que existe a conveniência da federação de dos próprios clubes... Este é um caso de policia!!!!
07/05/2009 10:56
[bitnas] [Feira de Santana - Bahia]
Isso acontece, porque os clubes são falidos, e tem que aceitar todas as decisões da cbf e da rede globo, quero ver isso acontecer com o seu conrinthians que deu um baile na administração do são paulo que todo ano a metade de sua arrecadação era de jogos do timão no morumbi, por isso enquanto os times brasileiros não procurarem outras maneiras de renda ficarão presos a cbf e a rede golobo com jogos no meio da semana as 21:30 isso é um absurdo.
07/05/2009 10:20
[rafael.slmb] [Brasilia,DF]
Ô Juca, vim visitar seu blog a fim de alguma novidade e vc me dá uma noticia de (mais) uma pataquada do nosso excelentissimo Sr. presidente da CBF. São esses os nossos representantes, Teixeiras, Nuzmans, Orlandos (tapioquinha), são essas as pessoas que querem organizar uma Copa do Mundo e uma Olimpiada.
07/05/2009 09:29
[De Vaneyo] [santos/sp]
Quais seriam os estadios"com privilégio" no Brasileirão,de estarem liberados da exigência legal? Alguem poderia informar?Quanto ao sr.Ricardo Teixeira, só mesmo processando-o por ser o responsavel da entidade organizadora do Campeonato e pregando a desobediência civil.
07/05/2009 09:15
[marangbh] [SP]
Ah tá, agora você se preocupou com a questão ingressos. Falou em CBF e Ricardo Teixeira, você vira o maoir defensor dos direitos do torcedor. Por que se calou sobre os INGRESSOS FALSOS na final do paulista, vendidos oficialmente pelo CURINTIA?
07/05/2009 08:20
[wildesentose] [Salvador-Bahia]
Qual é Juca, tanta coisa importante pra pensar e você insiste nessa frescura de assistir jogo sentadinho, isso é coisa de fresco, quem quer ficar sentadinho assistindo jogo fica em casa torcendo pela TV a cabo, torcedor brasileiro tem sangue latino nas artérias não come esse regue não.Convença ao torcedor brasileiro a assistir o jogo sentadinho no seu lugarzinho quietinho, bonitinho, fofinho...ahhhh isso é coisa de...de...de...deixa pra lá.
07/05/2009 07:44
[fabiopardo] [São Paulo]
E ainda queremos sediar uma Copa do Mundo... brincadeira. Estive na Alemanha na Copa do Mundo de 2006 e sinceramente não vejo como, em apenas cinco anos, mudarmos a mentalidade do nosso povo e principalmente de dirigentes e políticos brasileiros arrogantes e egocêntricos, que com certeza devem estar pensando em muita$ coisa$, menos no Futebol! Seja o que Deus quiser.
07/05/2009 01:36
[edualt] [Sp]
Mais uma lei fora da realidade e estupida. Em nenhum lugar do mundo todos os lugares sao numerados, mesmo na europa isso ocorre só nos jogos da UEFA. É claro que isso não dá razão pro casuismo.
07/05/2009 01:28
Do Estatuto do Torcedor, em vigor desde 15 de maio de 2003:
Art. 22.
São direitos do torcedor partícipe:
I - que todos os ingressos emitidos sejam numerados; e
II - ocupar o lugar correspondente ao número constante do ingresso.
Está bem claro, não?
Faz quase seis anos que o torcedor brasileiro tem direito a sentar na cadeira correspondente ao número do ingresso que ele comprou.
Ocorre que hoje, o todo poderoso presidente da CBF, Ricardo Teixeira disse, numa clara demonstração de que está acima do bem e do mal e da lei, na frente do ministro do Esporte, que neste Campeonato Brasileiro a entidade exigirá que alguns estádios assegurem que o torcedor sente no lugar que lhe cabe.
Para treinar para a Copa do Mundo de 2014, segundo ele.
Ou seja, ele decidiu que alguns têm que cumprir a lei, outros não.
Viva ele!
Comentário para o Jornal da CBN desta quinta-feira, dia 7 de maio, de 2009.
http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/juca-kfouri/JUCA-KFOURI.htm
Comentários:
[aylton-affonso] [Santo André - SP - Brasil]
Casuísmos não se justificam, como bem disse alguém por aqui, mas que essa história de "lugar numerado" é algo totalmente incompatível com nosso jeito de torcer, isso é. Digo e repito, futebol não é ópera, nem aqui nem na Europa! Quando era frequentador contumaz dos estádios, lembro-me que, comprado o ingresso, e se não era jogo de estádio lotado, esperava o arranjo dos times em campo, para ver prá que lado o Timão atacaria no 1º tempo. E corria prá lá, para pegar um lugar. Quando o juiz apitava o final do 1º tempo, corria para o outro lado. Pô, isso é legal, isso tem a ver com o futebol, e não ser obrigado a ficar sentado num lugar que sequer você tem direito a escolher! Está em curso um processo de "puritanização" e de tentativa de elitização do futebol, que, a pretexto de combater a violência e a bagunça generalizada (na venda de ingressos, por ex.), apela para um moralismo canhestro, para um politicamente correto irritante. Nem bandeiras mais são permitidas, que coisa chata !
08/05/2009 18:24
[meuemeieu] [Vinhedo - Sao Paulo]
Juca, será que para não respeitarmos o lugar marcado no ingresso, não deveríamos ter o direito de escolher o lugar onde vamos sentar quado compramos o ingresso????? Não vejo como alguém possa aceitar essa idéia sabendo que ela não tem critério nenehum! Não entra na minha cabeça que eu possa ser o primeiro da fila a comprar o ingresso e ficar num lugar pior que aquela pessoa que comprou seu ingresso minutos antes do jogo, na mão de um cambista! Se querem lugar marcado, que se de direito ao cidadão de escolher o seu lugar.
08/05/2009 14:07
[rmessi] [são paulo-sp Brasil]
acho esta lei fora da realidade, se vão me obrigar a sentar no lugar demarcado no ingresso, quero o direito de, ao comprar o ingresso, escolher o local que vou sentar.
08/05/2009 12:34
[andrelago] [Brasil]
No Bezerrão, no Gama, quando estou sozinho gosto de ficar na bagunça, na arquibancada leste. Quando vou com minha filha e esposa, prefiro ficar na Oeste. Quando tem sombra, gosto de ficar no meio, mas quando o sol bate, prefiro ficar no canto. TA VENDO? Igual a mim tem muitos, esse negocios de cadeira numerada não agrada ao torcedor brasileiro.
07/05/2009 22:52
[fs.1915] [SG RJ BR]
Esqueceram de colocar no estatuto que o torcedor deverá ser educado para respeitar o lugar a ele destinado. Isso acontece?
07/05/2009 22:44
[joaoalencarandrade] [BlumenauSC-TaubatéSP]
Juca, porque os presidentes de clubes, inclusive o Luiz Beluzzo tão elogiado por você, permitem essa promiscuidade que é a venda de ingressos? Todos são coniventes com isto. Ricardo Teixeira é o modelo seguido. O que esperar desse cidadão? É disso aí prá baixo. Triste é saber que esse cidadão têm trânsito livre com a presidência da república. Não sou favorável a violência, mas R. Teixeira cruzando meu caminho,soltaria alguns palavrões em sua direção. É o mínimo que merece.
07/05/2009 21:35
[manxa22] [BH]
Esse negócio de lugar marcado no estádio não dá certo no Brasil. De forma geral, no exterior, só se tem expectadores, aqui temos torcedores, que gostam de ficar em pé pular e não simplesmente colar a bunda na cadeira. até porque se quiser fazer isso a poltrona de casa é bem mais confortável.
07/05/2009 20:32
[ronaldo_sp] [Brasil]
Acho que enquanto "jornalistas organizados" fizerem um trabalho dúbio, de criticar e torcer, nada vai repercutir. Que fique tudo como está para torcedores profissionais não se acharem com poder demais nas maos.
07/05/2009 19:30
[murilix] [SP]
Está coberto de razão, pois ele sabe que é impossível implementar isso do dia pra noite em todos os estádios do Brasileirão. Antes começar o processo e expnadi-lo do que emperrá-lo até que todos os estádios tenham condições. Inclusive porque é melhor ter ALGUNS estádios cumprindo a lei do que NENHUM. Mas pra você tudo é motivo pra xingar o Ricardo Teixeira, né?
07/05/2009 18:36
[arquiduque61] [São Paulo, SP]
Soube que o ORLANDO SILVA, o Ministro das Multidões, mudou seu domicílio eleitoral para São Paulo !!! A figura virou arroz de festa, está em tudo quanto é evento !!! Se tiver final de bocha ou de pelota basca, podem ter certeza, lá estará ele, ORLANDO SILVA, entregando o troféu aos campeões !!! É incrível como o PMDB, com toda a sua competência fisiológica, deixou a pasta dos esportes para o PC do B !!! O esporte dá uma mídia gratuita que nenhum outro ministério consegue dar, nem o da Fazenda !!!
07/05/2009 18:03
[fernandomiguel] [são paulo]
Não adianta fazer lei num país que tem lei que "pega" e tem outras que não "pegam". O estatuto do torcedor não é muito diferente de outros estatutos que não conseguimos implementar, como o est. do idoso, o da criança e do adolescente, que são leis que garantem direitos no papel, mas na realidade esses direitos não se concretizam.
07/05/2009 17:21
[J Luis] [http://sampafotos.blogspot.com] [São Paulo - SP]
Juca, nas últimas duas vezes que fui ao Morumbi (contra Sto. André e América de Cali), fiquei no setor especial, onde o ingresso é numerado, comprado e escolhido via internet. Não tem comparação. Nada de aperto, nem confusão. Duvido que algum torcedor comum seria contra isto. Só mesmo quem acha que é dono de lotes da arquibancada para reclamar.
07/05/2009 15:21
[Natália] [SP]
[devilla101] [SP], se ele não o faz, deveria fazer. É exatamente por pensamentos como esse seu que Brasil é o Brasil!
07/05/2009 14:02
[devilla101] [SP]
O Juca é daqueles chatos que chega na estádio com o ingresso na mão e faz 18 pessoas trocarem de lugar...
07/05/2009 12:39
[digomiero] [Curitiba]
Não que eu goste do Ricardo Teixeira, muito pelo contrário... mas tem que levar em consideração que a lei, goste você ou não, não está sendo cumprida de forma alguma... só alguns setores de alguns estádios te garantem sentar no exato local que teu ingresso indica... então não vejo essa declaração como uma decisão de que alguns podem deixar de cumprir a lei, vejo como uma NECESSIDADE URGENTE de que alguns PASSEM a cumpri-la... ele como presidente da CBF não escreveu a lei, não é responsável pela execução da lei nos estádios... Bom, tendo dito o que eu penso de verdade, e deixando meu ódio por ele agir: SÉRIO QUE ELE DISSE ISSO???? MEU DEUS, QUE HORROR... CADEIA NELE!!!
07/05/2009 12:39
[olerud] [São Paulo]
Caro Juca, me desculpe a agressividade mas eu estou com essa pessoa no limite da minha civilidade. Só mesmo em um país como o Brasil para um salafrário como esse continuar andando pelas ruas depois de duas CPIs que acabaram em mais uma grande e gorda pizza. Um recado para esse senhor: Não cruze meu caminho, não tolero injustiças, ladrões e muito menos monopólios administrativos (muito mal administrados por sinal) com o dinheiro alheio. Qualquer macaco faria um trabalho melhor que você. Faça um favor para a humanidade e dê um tiro na sua própria cabeça e nos poupe da sua presença. O pior é ver que existem pessoas que ainda conseguem ter a audácia de PREMIÁ-LO no maior evento de comunicação do Brasil. Simplesmente inacreditável....
07/05/2009 11:02
[sconeg] [Balneario Camboriu]
Juca! ainda sobre ingressos? Até quando vamos ter que aturar está palhaçada de ingressos esgotados estarem nas mãos de cambistas? Para depois anunciarem publicos inferiores a venda total, dando indicio de devolução de ingressos pelos cambistas? Esta claro que existe a conveniência da federação de dos próprios clubes... Este é um caso de policia!!!!
07/05/2009 10:56
[bitnas] [Feira de Santana - Bahia]
Isso acontece, porque os clubes são falidos, e tem que aceitar todas as decisões da cbf e da rede globo, quero ver isso acontecer com o seu conrinthians que deu um baile na administração do são paulo que todo ano a metade de sua arrecadação era de jogos do timão no morumbi, por isso enquanto os times brasileiros não procurarem outras maneiras de renda ficarão presos a cbf e a rede golobo com jogos no meio da semana as 21:30 isso é um absurdo.
07/05/2009 10:20
[rafael.slmb] [Brasilia,DF]
Ô Juca, vim visitar seu blog a fim de alguma novidade e vc me dá uma noticia de (mais) uma pataquada do nosso excelentissimo Sr. presidente da CBF. São esses os nossos representantes, Teixeiras, Nuzmans, Orlandos (tapioquinha), são essas as pessoas que querem organizar uma Copa do Mundo e uma Olimpiada.
07/05/2009 09:29
[De Vaneyo] [santos/sp]
Quais seriam os estadios"com privilégio" no Brasileirão,de estarem liberados da exigência legal? Alguem poderia informar?Quanto ao sr.Ricardo Teixeira, só mesmo processando-o por ser o responsavel da entidade organizadora do Campeonato e pregando a desobediência civil.
07/05/2009 09:15
[marangbh] [SP]
Ah tá, agora você se preocupou com a questão ingressos. Falou em CBF e Ricardo Teixeira, você vira o maoir defensor dos direitos do torcedor. Por que se calou sobre os INGRESSOS FALSOS na final do paulista, vendidos oficialmente pelo CURINTIA?
07/05/2009 08:20
[wildesentose] [Salvador-Bahia]
Qual é Juca, tanta coisa importante pra pensar e você insiste nessa frescura de assistir jogo sentadinho, isso é coisa de fresco, quem quer ficar sentadinho assistindo jogo fica em casa torcendo pela TV a cabo, torcedor brasileiro tem sangue latino nas artérias não come esse regue não.Convença ao torcedor brasileiro a assistir o jogo sentadinho no seu lugarzinho quietinho, bonitinho, fofinho...ahhhh isso é coisa de...de...de...deixa pra lá.
07/05/2009 07:44
[fabiopardo] [São Paulo]
E ainda queremos sediar uma Copa do Mundo... brincadeira. Estive na Alemanha na Copa do Mundo de 2006 e sinceramente não vejo como, em apenas cinco anos, mudarmos a mentalidade do nosso povo e principalmente de dirigentes e políticos brasileiros arrogantes e egocêntricos, que com certeza devem estar pensando em muita$ coisa$, menos no Futebol! Seja o que Deus quiser.
07/05/2009 01:36
[edualt] [Sp]
Mais uma lei fora da realidade e estupida. Em nenhum lugar do mundo todos os lugares sao numerados, mesmo na europa isso ocorre só nos jogos da UEFA. É claro que isso não dá razão pro casuismo.
07/05/2009 01:28
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Copa 2014,
Cultura do Torcedor,
Estatuto do Torcedor,
Geral - Ingresso
domingo, 15 de março de 2009
a Fifa adiou em dois meses a definição das 12 cidades
13/03/2009
Está no 'Globo' de hoje
http://blogdojuca.blog.uol.com.br/arch2009-03-08_2009-03-14.html
Renato Maurício Prado já tinha dado a informação abaixo na CBN EC de ontem, e deu também em sua coluna no "Globo" de hoje:
"Não foi à toa que a Fifa adiou em dois meses a definição das 12 cidades que deverão ser sedes da Copa do Mundo de 2014, no Brasil — o anúncio aconteceria no próximo dia 20 e agora será em maio.
Relatório técnico da Fifa diz que o Brasil não tem 12 cidades em condições mínimas de abrigar jogos do Mundial. Na maioria delas, faltam condições básicas, como rede hoteleira, de hospitais e de transportes em padrões compatíveis com os exigidos pela entidade máxima do futebol.
A famosa sede do Pantanal, por exemplo, está seriamente ameaçada: nem Cuiabá, nem Campo Grande foram consideradas aptas pelos inspetores da Fifa — que se mostram especialmente incomodados com as mais variadas pressões de políticos para eleger esta ou aquela cidade.
É a primeira vez na história das Copas que a definição das sedes e sub-sedes foi adiada.
E já há quem creia que, diante das dificuldades, o Brasil terá que se contentar com as tradicionais 10 cidades para hospedar as partidas de 2014."
Está no 'Globo' de hoje
http://blogdojuca.blog.uol.com.br/arch2009-03-08_2009-03-14.html
Renato Maurício Prado já tinha dado a informação abaixo na CBN EC de ontem, e deu também em sua coluna no "Globo" de hoje:
"Não foi à toa que a Fifa adiou em dois meses a definição das 12 cidades que deverão ser sedes da Copa do Mundo de 2014, no Brasil — o anúncio aconteceria no próximo dia 20 e agora será em maio.
Relatório técnico da Fifa diz que o Brasil não tem 12 cidades em condições mínimas de abrigar jogos do Mundial. Na maioria delas, faltam condições básicas, como rede hoteleira, de hospitais e de transportes em padrões compatíveis com os exigidos pela entidade máxima do futebol.
A famosa sede do Pantanal, por exemplo, está seriamente ameaçada: nem Cuiabá, nem Campo Grande foram consideradas aptas pelos inspetores da Fifa — que se mostram especialmente incomodados com as mais variadas pressões de políticos para eleger esta ou aquela cidade.
É a primeira vez na história das Copas que a definição das sedes e sub-sedes foi adiada.
E já há quem creia que, diante das dificuldades, o Brasil terá que se contentar com as tradicionais 10 cidades para hospedar as partidas de 2014."
Projeto Torcida Legal é lançado no Palácio do Planalto
13/03/2009 às 17:40h -
http://portal.esporte.gov.br/ascom/noticia_detalhe.jsp?idnoticia=5453
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro do Esporte, Orlando Silva, e o ministro da Justiça, Tarso Genro, lançaram hoje (13/03), no Palácio do Planalto, o projeto Torcida Legal – medidas para segurança e conforto dos torcedores. A iniciativa é um pacote de três ações que valorizam o futebol como patrimônio cultural e qualificam o Brasil para a preparação da Copa do Mundo de 2014.
O Torcida Legal, segundo o ministro Orlando Silva, surgiu do diálogo com o Ministério da Justiça, Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG). “Nós acreditamos que o ambiente que se cria no país, a expectativa da realização do maior evento do planeta, que é a Copa do Mundo em 2014 no Brasil, deve nos motivar a interferir em vários planos”.
Silva afirmou que é preciso aproveitar a mobilização nacional para mudar o ambiente social, a cultura e o comportamento que existe em torno do futebol. Por isso, a primeira dessas medidas é o projeto de lei que será encaminhado ao Congresso Nacional, tipificando criminalmente uma série de condutas que atrapalham nosso futebol. “É inadmissível que nós continuemos a assistir conflitos e brigas em estádios que muitas vezes têm levado a ceifar vidas”, disse o ministro.
Atitudes violentas da torcida e fraudes em resultados de jogos serão considerados crimes passíveis de punição. Um torcedor que promover tumulto, praticar atos de violência ou portar instrumentos perigosos em eventos esportivos, por exemplo, pode pegar de um a dois anos de reclusão e multa. Caso o réu seja primário, o juiz converterá as penas de prisão em banimento dos estádios por um prazo de três meses a três anos.
Além disso, incorre em conduta criminosa a pessoa que aceitar ou prometer vantagem para fraudar o placar dos jogos. Outro crime tipificado pelo projeto é a venda irregular de ingressos, conhecida como cambismo.
Outra questão abordada pelo Torcida Legal é a estrutura dos estádios. O presidente Lula assinou um decreto que regulamenta o artigo 23 do Estatuto de Defesa do Torcedor, determinando a exigencia de quatro laudos para o funcionamento das arenas: de segurança, de proteção contra incêndio, de condições sanitárias e de engenharia. O ministro falou da necessidade da unificação dos laudos. “Ocorre que hoje não há um padrão, não há um laudo que exija detalhamento. Muitas vezes observamos a precariedade dessas informações. Ainda introduzimos a exigência de um quarto laudo, que é o de engenharia, para apurar a situação da infra-estrutura, de modo a garantir segurança e conforto dos nossos torcedores”, afirmou.
A terceira medida que integra o Torcida Legal é a assinatura de um Termo de Cooperação entre os ministérios do Esporte e da Justiça, CBF, CNJ e CNPG. A ação vai facilitar o controle de acesso e monitoramento de torcedores, de modo que aqueles que cometerem infrações sejam identificados e punidos. Para facilitar a identificação dos torcedores, o Ministério do Esporte vai criar um sistema nacional de cadastro de torcedores, que vai exigir o uso de uma carteirinha na compra do ingresso e entrada na arena.
O sistema de controle do acesso e monitoramento por câmeras estarão implantados nos estádios brasileiros no inicio do Campeonato Brasileiro de 2010. Mas o cadastramento dos torcedores começa em julho deste ano. “Não há tempo limite e a qualquer momento ele será feito. Nós queremos buscar boas práticas, boas experiências. Essas medidas vão ajudar muito para acabar com o anonimato e punir os responsáveis pelo tumulto”, ressalta Orlando Silva.
O presidente Lula afirmou que as medidas são favoráveis aos torcedores. “Se ele [o torcedor] souber que está sendo monitorado, e que se ele cometer uma arte qualquer, alguém vai estar olhando ele, alguém vai identificá-lo e alguém vai pegá-lo na porta do estádio, a gente pode colocar todo mundo junto”.
Outra vantagem do sistema de acesso aos estádio é que ele vai facilitar a aquisição de ingressos. A idéia do governo federal é integrar a rede do Ministério do Esporte com a Caixa Econômica Federal, para que os bilhetes sejam vendidos nas Casas Lotéricas.
O corregedor do CNJ, ministro Gilson Dipp, afirmou que o conselho levará a Justiça ao futebol, através da instalação de Juizados Especiais Criminais móveis em todos os estádios brasileiros. “Essa medida vai aproximar o cidadão do Judiciário”, disse o jurista. O ministro do Esporte elogiou a iniciativa e disse que ela vai ajudar a dirimir rapidamente os conflitos.
O ministro Orlando Silva ressaltou ainda que o Torcida Legal vai qualificar a segurança e o conforto nos estádios do Brasil. “Assim, além da Copa do Mundo, o projeto vai contribuir com o reforço das receitas dos clubes, fortalecer a economia do nosso futebol e nossos clubes, trazendo de volta a família aos estádios”. Ele também chamou atenção para a importância do apoio e do diálogo com os clubes, as federações e as torcidas organizadas.
Clara Mousinho
Foto: Aldo Dias
Ascom - Ministério do Esporte
http://portal.esporte.gov.br/ascom/noticia_detalhe.jsp?idnoticia=5453
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro do Esporte, Orlando Silva, e o ministro da Justiça, Tarso Genro, lançaram hoje (13/03), no Palácio do Planalto, o projeto Torcida Legal – medidas para segurança e conforto dos torcedores. A iniciativa é um pacote de três ações que valorizam o futebol como patrimônio cultural e qualificam o Brasil para a preparação da Copa do Mundo de 2014.
O Torcida Legal, segundo o ministro Orlando Silva, surgiu do diálogo com o Ministério da Justiça, Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG). “Nós acreditamos que o ambiente que se cria no país, a expectativa da realização do maior evento do planeta, que é a Copa do Mundo em 2014 no Brasil, deve nos motivar a interferir em vários planos”.
Silva afirmou que é preciso aproveitar a mobilização nacional para mudar o ambiente social, a cultura e o comportamento que existe em torno do futebol. Por isso, a primeira dessas medidas é o projeto de lei que será encaminhado ao Congresso Nacional, tipificando criminalmente uma série de condutas que atrapalham nosso futebol. “É inadmissível que nós continuemos a assistir conflitos e brigas em estádios que muitas vezes têm levado a ceifar vidas”, disse o ministro.
Atitudes violentas da torcida e fraudes em resultados de jogos serão considerados crimes passíveis de punição. Um torcedor que promover tumulto, praticar atos de violência ou portar instrumentos perigosos em eventos esportivos, por exemplo, pode pegar de um a dois anos de reclusão e multa. Caso o réu seja primário, o juiz converterá as penas de prisão em banimento dos estádios por um prazo de três meses a três anos.
Além disso, incorre em conduta criminosa a pessoa que aceitar ou prometer vantagem para fraudar o placar dos jogos. Outro crime tipificado pelo projeto é a venda irregular de ingressos, conhecida como cambismo.
Outra questão abordada pelo Torcida Legal é a estrutura dos estádios. O presidente Lula assinou um decreto que regulamenta o artigo 23 do Estatuto de Defesa do Torcedor, determinando a exigencia de quatro laudos para o funcionamento das arenas: de segurança, de proteção contra incêndio, de condições sanitárias e de engenharia. O ministro falou da necessidade da unificação dos laudos. “Ocorre que hoje não há um padrão, não há um laudo que exija detalhamento. Muitas vezes observamos a precariedade dessas informações. Ainda introduzimos a exigência de um quarto laudo, que é o de engenharia, para apurar a situação da infra-estrutura, de modo a garantir segurança e conforto dos nossos torcedores”, afirmou.
A terceira medida que integra o Torcida Legal é a assinatura de um Termo de Cooperação entre os ministérios do Esporte e da Justiça, CBF, CNJ e CNPG. A ação vai facilitar o controle de acesso e monitoramento de torcedores, de modo que aqueles que cometerem infrações sejam identificados e punidos. Para facilitar a identificação dos torcedores, o Ministério do Esporte vai criar um sistema nacional de cadastro de torcedores, que vai exigir o uso de uma carteirinha na compra do ingresso e entrada na arena.
O sistema de controle do acesso e monitoramento por câmeras estarão implantados nos estádios brasileiros no inicio do Campeonato Brasileiro de 2010. Mas o cadastramento dos torcedores começa em julho deste ano. “Não há tempo limite e a qualquer momento ele será feito. Nós queremos buscar boas práticas, boas experiências. Essas medidas vão ajudar muito para acabar com o anonimato e punir os responsáveis pelo tumulto”, ressalta Orlando Silva.
O presidente Lula afirmou que as medidas são favoráveis aos torcedores. “Se ele [o torcedor] souber que está sendo monitorado, e que se ele cometer uma arte qualquer, alguém vai estar olhando ele, alguém vai identificá-lo e alguém vai pegá-lo na porta do estádio, a gente pode colocar todo mundo junto”.
Outra vantagem do sistema de acesso aos estádio é que ele vai facilitar a aquisição de ingressos. A idéia do governo federal é integrar a rede do Ministério do Esporte com a Caixa Econômica Federal, para que os bilhetes sejam vendidos nas Casas Lotéricas.
O corregedor do CNJ, ministro Gilson Dipp, afirmou que o conselho levará a Justiça ao futebol, através da instalação de Juizados Especiais Criminais móveis em todos os estádios brasileiros. “Essa medida vai aproximar o cidadão do Judiciário”, disse o jurista. O ministro do Esporte elogiou a iniciativa e disse que ela vai ajudar a dirimir rapidamente os conflitos.
O ministro Orlando Silva ressaltou ainda que o Torcida Legal vai qualificar a segurança e o conforto nos estádios do Brasil. “Assim, além da Copa do Mundo, o projeto vai contribuir com o reforço das receitas dos clubes, fortalecer a economia do nosso futebol e nossos clubes, trazendo de volta a família aos estádios”. Ele também chamou atenção para a importância do apoio e do diálogo com os clubes, as federações e as torcidas organizadas.
Clara Mousinho
Foto: Aldo Dias
Ascom - Ministério do Esporte
Torcidas de times de SP e direção do Flamengo apóiam Torcida Legal
13/03/2009 às 17:10h -
http://portal.esporte.gov.br/ascom/noticia_detalhe.jsp?idnoticia=5455
Gaviões da Fiel (Corinthias), Mancha Verde (Palmeiras) e Dragões da Real (São Paulo) marcaram presença no Palácio do Planalto, nesta sexta-feira (13), onde manifestaram total apoio ao Torcida Legal. Mais que isso, eles se colocaram à disposição para colaborar e construir, junto com o governo e outras esferas do poder público o processo, a estruturação das medidas para segurança e conforto dos torcedores nos estádios brasileiro.
Ao elogiar a iniciativa, Marcelo da Silva, representante da Gaviões da Fiel, afirmou que sua presença é garantida durante o Fórum de Torcidas, cuja realização está programada para o próximo mês. “O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se destaca em relação aos outros governos porque convida a sociedade para discutir. Nós, enquanto torcidas organizadas e principais interessados temos que participar desse processo”, defendeu.
Em concordância com o torcedor da Gaviões, o presidente da Dragões da Real, André Azevedo, disse que este é um bom começo perante a sociedade e a torcida. “Vai melhorar e muito. Acho que a hora de mudar é agora pois as torcidas organizadas vão ser chamadas e ouvidas para debater e ouvir o outro lado”, disse. E aposta: “ espero a partir dessas medidas, seja colocado em prática, o Estatuto do Torcedor. “Quero, com isso, mude também a visão que a sociedade tem em relação as torcidas organizadas”.
Já o representante da Mancha Verde, Robson Galdino, admite que essas medidas são impactantes e que será necessário trabalhar bastante para que as torcidas organizadas sejam adequadas às normas. “Este é um grande passo. Palco do futebol não pode ser cenário de violência. A entidade (torcida organizada) tem que representar seu time do coração e fazer a festa na arquibancada sem violência”, ressalta.
Direção do Flamengo
Para o presidente em exercício do Flamengo, Delair Dumbrosck, está confiante de que as medidas e o cartão Torcedor Legal vão mudar para melhor o cenário dos jogos de futebol no país. “No flamengo, que tem a maior nação torcedora do Brasil, nós já sentimos a necessidade. Esse cadastramento já era um projeto nosso e veio em muito colaborar para saber quem é o torcedor para poder aproveitar e vender nosso produto que é o futebol e as nossas lembranças”, disse, a acreditar que governo realmente esteja iniciando, para a Copa de 2014, uma medida que se fazia necessária.
Carla Belizária
Foto: Aldo Dias
Ascom – Ministério do Esporte
http://portal.esporte.gov.br/ascom/noticia_detalhe.jsp?idnoticia=5455
Gaviões da Fiel (Corinthias), Mancha Verde (Palmeiras) e Dragões da Real (São Paulo) marcaram presença no Palácio do Planalto, nesta sexta-feira (13), onde manifestaram total apoio ao Torcida Legal. Mais que isso, eles se colocaram à disposição para colaborar e construir, junto com o governo e outras esferas do poder público o processo, a estruturação das medidas para segurança e conforto dos torcedores nos estádios brasileiro.
Ao elogiar a iniciativa, Marcelo da Silva, representante da Gaviões da Fiel, afirmou que sua presença é garantida durante o Fórum de Torcidas, cuja realização está programada para o próximo mês. “O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se destaca em relação aos outros governos porque convida a sociedade para discutir. Nós, enquanto torcidas organizadas e principais interessados temos que participar desse processo”, defendeu.
Em concordância com o torcedor da Gaviões, o presidente da Dragões da Real, André Azevedo, disse que este é um bom começo perante a sociedade e a torcida. “Vai melhorar e muito. Acho que a hora de mudar é agora pois as torcidas organizadas vão ser chamadas e ouvidas para debater e ouvir o outro lado”, disse. E aposta: “ espero a partir dessas medidas, seja colocado em prática, o Estatuto do Torcedor. “Quero, com isso, mude também a visão que a sociedade tem em relação as torcidas organizadas”.
Já o representante da Mancha Verde, Robson Galdino, admite que essas medidas são impactantes e que será necessário trabalhar bastante para que as torcidas organizadas sejam adequadas às normas. “Este é um grande passo. Palco do futebol não pode ser cenário de violência. A entidade (torcida organizada) tem que representar seu time do coração e fazer a festa na arquibancada sem violência”, ressalta.
Direção do Flamengo
Para o presidente em exercício do Flamengo, Delair Dumbrosck, está confiante de que as medidas e o cartão Torcedor Legal vão mudar para melhor o cenário dos jogos de futebol no país. “No flamengo, que tem a maior nação torcedora do Brasil, nós já sentimos a necessidade. Esse cadastramento já era um projeto nosso e veio em muito colaborar para saber quem é o torcedor para poder aproveitar e vender nosso produto que é o futebol e as nossas lembranças”, disse, a acreditar que governo realmente esteja iniciando, para a Copa de 2014, uma medida que se fazia necessária.
Carla Belizária
Foto: Aldo Dias
Ascom – Ministério do Esporte
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