sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Lucro irá ditar novo nome do Engenhão

Folha de São Paulo, quinta-feira, 05 de novembro de 2009

RAPHAEL GOMIDE, DA SUCURSAL DO RIO

Um novo projeto de exploração comercial e publicitária do Engenhão, na zona norte do Rio, pretende lucrar com o estádio abolindo o apelido consagrado popularmente.
Empresários, contratados há quatro meses pelo Botafogo, pretendem tornar viável e lucrativo o Engenhão. Luiz Calainho e Cristiano Pinto de Almeida preveem investimentos de R$ 20 milhões e exploração de receitas comerciais e publicitárias por dez anos.
O esquecimento do termo Engenhão é a meta e a condição fundamental da empreitada, cuja essência é a venda do nome do estádio a um patrocinador, que acrescenta sua marca ao logotipo "Stadium Rio".
O nome oficial, Estádio Olímpico Municipal João Havelange, será mantido, mas os autores da ideia torcem para que em pouco tempo os cariocas esqueçam o apelido.
O momento, com Copa do Mundo -o projeto prevê um centro de treinamento-, Copa das Confederações e Olimpíada nos próximos anos, é propício. O Maracanã, principal estádio do Rio, entra em obras por três anos, a partir de dezembro.
Os empresários estimam que o Engenhão, sob novo nome, venha a receber de 102 a 136 partidas de futebol em 2010, além de eventos de entretenimento, shows e festas, com público de 3 milhões anuais.
A empreitada espera obter um patrocinador principal em no máximo quatro meses, antes do início do Estadual. Essa empresa terá direito a outdoors -o principal de 45 m por 10 m- nas entradas e investimentos em propaganda. Há mais quatro cotas de publicidade.
No Estadual, só as lanchonetes de fast food estarão prontas. Serão oito empresas, no total de 24 lojas, além de ambulantes. Depois, o plano é ter três restaurantes panorâmicos, com vista para o campo, lojas, um centro médico, um CT, uma universidade e um drive-thru ao redor do estádio.

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