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Pesquisa aponta que, 61% das pessoas não vão aos estádios por causa das torcidas organizadas. E que caso elas deixassem de existir, voltariam às arquibancadas. No Ceará, as torcidas tentam diminuir a imagem violenta que carregam 1
16 Dez 2009 - 01h05min
Oito dias após toda a confusão promovida pela torcida do Coritiba, no empate com o Fluminense, em 1 a 1, no estádio Couto Pereira, que rendeu o rebaixamento do clube parananense para a Série B do Campeonato Brasileiro, a TNS Sport Brasil divulgou pesquisa mostrando que 61% dos torcedores que hoje não vão a estádios voltariam a frequenta-los, caso as torcidas organizadas acabassem.
A pergunta utilizada foi: ``Se as torcidas organizadas fossem banidas, o senhor iria assistir aos jogos no estádio?``. O questionamento foi feito àqueles que afirmaram, durante a pesquisa, não acompanhar os jogos in loco. 61% dos entrevistados disseram sim. Negativamente, apenas 39%.
O POVO repercutiu a informação com as principais torcidas organizadas do Estado para saber o que eles acham sobre o medo que o torcedor comum tem das Organizadas. ``Não podemos acabar com o que está melhorando com o tempo. A Cearamor tem mais de 20 anos de existência. Temos que respeitar isso``, disse Jeysivan Carlos, presidente da Cearamor, considerada a maior do Estado.
No momento, a própria torcida está preocupada em identificar os responsáveis pelas confusões causadas em dia de jogo e já atualizou o cadastro dos seus sócios.
Já a Falange Coral, que se congrega em torno do Ferroviário, também se diz a favor de uma cultura de paz e recebe ``com tristeza`` a notícia da pesquisa. ``O lado bom traz o lado ruim. É complicada essa historia de violência. Tentamos evitar``, ressaltou Fabrício Frajola, representante da torcida coral.
Segundo o sócio-diretor da TNS Sport Brasil, César Gualdani, a pesquisa revela números ``bastante expressivos``. ``Podemos afirmar tranquilamente que as torcidas organizadas afastam um bom número de torcedores dos estádios e que os clubes estão perdendo receita significativa.``
Fora dos primeiros
A cidade de Santos é a mais preocupada com a presença das Organizadas, com 95% dos entrevistados respondendo sim. Fortaleza, mesmo com uma rivalidade bastante acirrada entre torcedores de Ceará e Fortaleza não está na lista das dez primeiras cidades com maior indice de rejeição às Organizadas.
Os dados de Fortaleza não foram reveladas pela empresa responsável. O POVO procurou o presidente da Torcida Uniformizado do Fortaleza, Ricardo Fontenele, mas o seu telefone estava desligado.
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